57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Distribuição dos casos de COVID-19 na Região Metropolitana da Baixada Santista, entre abril de 2020 a março de 2022.

Introdução

A COVID-19 surge no final de 2019 e rapidamente se tornou uma pandemia, ocasionado milhões de casos e mortes em todo o mundo. A alta transmissão do SARS-COV2 e a abundância de viagens internacionais contribuíram para a disseminação mundial. Identificado pela primeira vez no Brasil em fevereiro de 2020, na cidade de São Paulo.

Objetivo(s)

Apresentar a distribuição dos casos novos e óbitos por COVID-19 na Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), entre abril de 2020 a março de 2022.

Material e Métodos

Estudo de dados secundários, conduzido no Instituto Adolfo Lutz (IAL) – Santos. Considerou-se caso confirmado de Covid-19 aqueles com resultado positivo nos exames de RT-PCR, testes rápidos, outros métodos laboratoriais ou por critério clínico-epidemiológicos. As variáveis de interesse foram sexo, faixa etária, comorbidades associadas e variantes virais. Como fontes foram utilizadas as plataformas online de dados, Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e Boletins Epidemiológicos do Instituto Butantan, para informações das variantes virais. Por se tratar de dados públicos dispensou-se a submissão do estudo ao Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram analisados, obtendo-se as frequências absolutas e relativas de cada categoria.

Resultados e Conclusão

Ocorreram 185.975 casos de COVID-19 na RMBS, com maior numero no município de Santos (67.096 - 36%). O 2º trimestre de 2021 foi período de maior número de casos e óbitos, 38.793 - 21% e 2.181 - 27%, respectivamente. O sexo feminino foi o mais acometido (55%), porém a letalidade foi maior no sexo masculino (56%). Os casos foram predominantes na faixa etária dos 30-39 anos (21,5%) e os óbitos dos 60-69 anos (25%). Entre as comorbidades destacam-se as cardiopatias (7,5%) e a diabetes (4,9%), as quais atribuíram ao maior risco de óbito, registradas em 31,1% e 22% dos óbitos, respectivamente. Foram detectadas 13 variantes na RMBS, com predomínio, em 2021, da Delta (57%), seguida pela Gama (37%); em 2022, a Ômicron foi encontrada em 100% dos casos sequenciados. Os resultados são similares a outros relatórios reportados por diversos autores, contribuindo para o entendimento da evolução da doença na região, podendo assim servir de ferramenta para as ações de planejamento e controle.

Palavras-chave

COVID-19, Estudos Epidemiológicos, Serviços Laboratoriais de Saúde Pública.

Área

Eixo 09 | COVID-19

Autores

ANDRE LUIS MONTEIRO ARAUJO, MARINE SAMPAIO GOULART PRADO, ANDREA GOBETTI COELHO BOMBONATTE