Dados do Trabalho
Título
Aspectos epidemiológicos da esquistossomose mansônica no estado do Piauí, entre os anos 2001 a 2017.
Introdução
A esquistossomose mansônica é uma doença negligenciada causada pelo helminto Schistosoma mansoni Sambon, 1907. O Brasil possui aproximadamente 6,8 milhões de registros de casos confirmados em todos os estados brasileiros e atualmente, a região Nordeste apresenta um dos maiores índices de positividade, com taxa de 1,27%. Neste sentido, embora o Piauí seja considerado área de transmissão focal da doença, o registro de casos nos últimos anos, justifica a realização de um inquérito epidemiológico.
Objetivo(s)
Descrever o perfil epidemiológico dos casos confirmados de esquistossomose mansônica no estado Piauí.
Material e Métodos
A pesquisa caracteriza-se como quantitativa, retrospectiva e de natureza descritiva, realizada através da utilização de dados epidemiológicos secundários quanto à transmissão de esquistossomose no estado do Piauí, Brasil, no período de 2001 a 2017, tendo como fonte de dados, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis exploradas na pesquisa foram: ano de notificação, município de notificação, casos confirmados, sexo, raça, escolaridade, zona residencial e faixa etária.
Resultados e Conclusão
No período de 2001 a 2017, foram registrados 33 casos confirmados de esquistossomose mansônica no estado do Piauí, distribuídos nos municípios de Picos (n=25; 75,76%), São Francisco de Assis do Piauí (n=2; 6,06%), Barras (n=1; 3,03%), Capitão Gervásio Oliveira (n=1; 3,03%), Castelo do Piauí (n=1; 3,03%), Luís Correia (n=1; 3,03%); Parnaíba (n=1; 3,03%) e São Raimundo Nonato (n=1; 3,03%). Do total de casos, 25 (75,76%) portadores eram do sexo masculino e 8 (25,24%), femininos. A maioria dos casos ocorreu entre indivíduos da etnia parda (n=16; 50%), na faixa etária entre 20 a 29 anos (n=16; 48,48%), com ensino fundamental incompleto (n=8; 24,24%) e residentes na zona urbana (n=24; 72,73%). O perfil epidemiológico dos casos notificados de esquistossomose no Piauí, assemelha-se a outros estudos realizados no Brasil. No período do estudo, pelo menos 8 municípios piauienses registraram casos da doença e, embora o Piauí seja considerado área focal para ocorrência de esquistossomose, a ocorrência de S. mansoni e de seus hospedeiros no Estado, carece de atenção. Ressaltamos a necessidade de estudos futuros que esclareçam a ocorrência de hospedeiros intermediários de S. mansoni, acompanhanados do diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, efetivação das políticas de saneamento básico e de saúde.
Palavras-chave
Schistosoma mansoni, Epidemiologia, Piauí.
Área
Eixo 07 | Helmintíases
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Orianna Santos, Maria Regiane Araujo Soares