57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

CONTROLE DA DENGUE UTILIZANDO ARMADILHAS OVITRAMPA EM BUEIROS NO MONITORAMENTO DE Aedes Aegypti. TRÊS LAGOAS/MS. JULHO DE 2021 A MARÇO DE 2022

Introdução

Objetivo(s)

O objetivo do estudo foi detectar e apontar os pontos críticos de maior concentração populacional de Aedes aegypti em bueiros, para indicar ações de prevenção e controle da dengue.

Material e Métodos

O estudo foi desenvolvido no município de Três Lagoas (MS) no período de julho de 2021 a março de 2022, compreendendo os períodos sazonais primavera, verão e início do outono. O setor de entomologia selecionou 14 bairros, com ocorrência de casos de dengue, para instalação de 16 armadilhas ovitrampas, recipientes de plástico preto com água até a metade do seu comprimento, sendo fixado uma palheta de eucatex na vertical, com a superfície rugosa para fora e presa com clips, onde a fêmea ovipõe. As armadilhas foram amarradas com um arame na parte interna dos bueiros, aproximadamente 20 centímetros acima do solo. As palhetas foram recolhidas semanalmente e foram encaminhadas ao laboratório de entomologia para análise e contagem de ovos depositados com o auxílio de microscópio estereoscópio.

Resultados e Conclusão

Foram inspecionadas 543 armadilhas, sendo 187 positivas com ovos de Aedes aegypti. Durante todo o período do estudo encontrou-se armadilha com a presença de ovos indicando a presença de fêmeas de Aedes aegypti no ambiente. Os meses mais representativos em 2021 foram agosto (2493 ovos), setembro (1963 ovos) e outubro (1711 ovos) em 2022 até o momento foi o mês de março (1717 ovos). Foram calculados semanalmente Índice de Positividade de Ovitrampa (IPO) e o Índice de Densidade dos Ovos (IDO). O maior IPO observado (57,5%), foi em março de 2022 e o maior IDO (98,15) foi observado em setembro de 2021. O número mensal de ovos encontrados nas palhetas variou de 16 a 989 em períodos secos e de 64 a 555 nos períodos de chuvas mais abundantes. Verificou-se a presença de fêmeas de Aedes aegypti no meio ambiente durante todo o período do estudo. Com a inspeção das ovitrampas semanalmente foi possível identificar a distribuição e concentração do vetor demonstrando que a armadilha é uma boa ferramenta para o monitoramento considerando a simplicidade do seu uso sendo uma atividade que possibilita fornecer informações semanais para subsidiar as ações de controle do vetor e alteração nas estruturas dos bueiros. Recomenda-se a expansão do estudo para um número maior de bueiros no município.

Palavras-chave

Ovitrampas; Aedes aegypti; bueiros

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Autores

Georgia Medeiros Andrade, Maria Angelina Silva Zuque, Paulo Silva Almeida, Alcides Divino Ferreira, Flavia Renata Silva Zuque, Fabricia Tatiane Silva Zuque, Thaís Alves Ribeiro, Alvaro Lima, Waldir José Souza, Joao Victor Zuque Medeiros, Lara Venâncio Valadão