57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Hepatites agudas A e B e hepatite viral crônica: uma análise epidemiológica das diferentes taxas brutas de mortalidade entre os anos de 2011-2020 no município de Belém.

Introdução

As hepatites virais são importantes dentro das doenças infectocontagiosas, e apresentam quatro agentes etiológicos distintos, HAV (vírus da hepatite A), HBV, HCV, HDV e HEV, e com manifestações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais distintas. Os vírus possuem tropismo pelos hepatócitos, onde irão se proliferar, levando a formação de fibroses hepáticas e consequente perda de função do órgão. O HAV possui um período de incubação de 15-45 dias, o HBV de 30-180 dias e o HCV de 15-150 dias e, deste último, 75-85% irão evoluir para a forma crônica.

Objetivo(s)

Comparar as taxas brutas de mortalidade entre as hepatites virais aguda e crônica, nos anos de 2011-2020.

Material e Métodos

O estudo apresentado é retrospectivo e quantitativo, realizado a partir da coleta e análise de dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de 2011-2020, por ano do óbito segundo categoria CID-10. A taxa bruta de mortalidade foi calculada pela razão entre o número total de óbitos de residentes e a população total residente, o resultado é multiplicado pela constante 1.000 que representa mil habitantes.

Resultados e Conclusão

As mortes apresentaram-se distribuídas de maneira regular no decorrer dos anos e realizou-se o cálculo da taxa bruta de mortalidade e obteve-se uma única taxa de 0,00066% para a hepatite aguda A, ocorrida no ano de 2019. Em relação à hepatite B a taxa bruta do período foi de 0,015% e em relação à hepatite crônica foi de 0,078%, valor 5,2 vezes maior que a hepatite B. Desse modo, observou-se que a taxa de mortalidade da hepatite crônica no município de Belém nos anos de 2011 a 2020 foi, aproximadamente, 420% maior em relação à hepatite aguda B. A partir dessa análise, evidencia-se a importância de um plano terapêutico direcionado após o diagnóstico clínico, cuja rapidez também é relevante, pois dificulta uma possível progressão do estágio agudo para o crônico. Verificando essa discrepância, faz-se importante considerar sua epidemiologia para fins interventores e preventivos.

Palavras-chave

Hepatite viral crônica, hepatite aguda A e B, mortalidade.

Área

Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus

Autores

Elisama Quintino Sales, Elenilse da Silva Araújo, Edneide Quintino Sales, Elesandra da Silva Araújo, Larissa Soudré Coutinho, João Paulo da Silva Sarmanho, Amanda Botelho Pereira, Joyce Ruanne Correa da Silva