57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

BAIXAS COBERTURAS VACINAIS EM CRIANÇAS NA REGIÃO URBANA DE CAMPO GRANDE-MS: ANÁLISE PRELIMINAR DE CRENÇAS E MOTIVOS DE HESITAÇÃO.

Introdução

Desde 2016 as vacinas incluídas no Programa Nacional de Imunização (PNI) sofreram quedas em suas coberturas. Identificar os motivos das reduções possibilita a elaboração de intervenções pontuais e voltadas a maior adesão por parte da população.

Objetivo(s)

Analisar cobertura vacinal até os 24 meses em crianças nascidas no ano de 2017 e 2018 no município de Campo Grande, MS, frente as vacinas indicadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).

Material e Métodos

Inquérito domiciliar a partir de uma coorte retrospectiva composta por nascidos vivos entre 01/01/2017 a 31/12/2018 residentes na área urbana de Campo Grande.

Resultados e Conclusão

Resultados: Foram incluídas 1.289 crianças. A cobertura vacinal foi de 50,8% com esquema completo previsto no calendário para os 24 meses de vida. O imunobiológico de maior cobertura vacinal individual encontrada foi a Vacina Inativada de Poliomielite (VIP) 1ª dose com 92,3% e a de menor cobertura individual foi a Vacina Oral de Poliomielite (VOP) com 77.8%. Os responsáveis concordam que as vacinas são importantes para as crianças (99,0%) e também para as crianças da comunidade/bairro (98,5%), 86,9% acreditam que as vacinas não produzem reações graves e 93,4% confiam nas vacinas distribuídas pelo governo. Em relação a hesitação vacinal 1,7% dos responsáveis optaram por não realizar ao menos uma vacina e indicam como motivo a indicação médica ou de um profissional de saúde para não vacinar o filho (23,5%), seguido pelo medo de reações vacinais (20,6%). Quanto ao acesso, 7,5% afirmam ter dificuldade para levar as crianças ao posto de saúde e informam que a distância da residência/trabalho é o principal motivo (36,6%), seguido pelo horário de funcionamento inadequado da sala de vacina (19,5%).
Conclusão: Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, apresenta baixa cobertura vacinal para a maioria dos imunobiológicos, em crianças menores de 02 anos nascidas entre os anos de 2017 e 2018. As crenças dos responsáveis demonstram que há confiança nas vacinas, mas há necessidade de um maior engajamento de profissionais de saúde na indicação, ampliação de acesso e estratégias para alcançar a população alvo.

Palavras-chave

Vacina; Cobertura vacinal; Inquérito;

Área

Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante

Autores

EMMANUELA MARIA LOPES, ANTÔNIO LUIZ DAL BELLO GASPAROTO, SAMARA VILLAS-BOAS GRAEFF, ANA PAULA da COSTA MARQUES, NATHÁLIA VASQUES REZENDE DINIZ, CARLA MAGDA ALLAN DOS SANTOS DOMINGUES, ANA PAULA FRANÇA, JOSE CASSIO de MORAES, SANDRA MARIA do VALLE LEONE de OLIVEIRA