57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico em pacientes com tuberculose e HIV de 2018 a 2021

Introdução

Os indicadores epidemiológicos da coinfecção tuberculose e o vírus da imunodeficiência adquirida (TB/HIV) demonstram um expressivo número de casos e um prognóstico, geralmente, desfavorável para os coinfectados. A infecção por HIV representa um dos fatores de risco mais evidentes para o contágio da TB, sabendo-se que as chances de um indivíduo desenvolver TB, sem infecção pelo HIV, está entre 5% a 15% ao longo da vida, enquanto os coinfectados com HIV chega, em alguns casos, a 50% ao longo da vida. Logo, é importante conhecer o perfil epidemiológico da população infectada por TB e HIV.

Objetivo(s)

Verificar o perfil epidemiológico em pacientes com TB associada com HIV no período de 2018 a 2021.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, com base na análise de dados disponíveis na Plataforma DATASUS, coletados pelo SINAN, dos casos confirmados de coinfecção de TB e HIV durante os anos de 2018 a 2021.

Resultados e Conclusão

Conforme a pesquisa realizada, no Brasil, foram notificados um total de 36 190 casos confirmados – sendo o predomínio maior na região Sudeste e menor na região Centro-Oeste, de aproximadamente 40% (14 393) e de 4,7% (1689), respectivamente – de coinfecção de TB e HIV, no qual o ano de 2018 apresentou o maior número de registros (9 750), enquanto que o ano de 2021 indicou um menor valor (8 317). Além disso, em relação ao sexo, tem se a prevalência maior nos homens – cerca de 72,5% do total de casos (26 245) em 2018-2021. Ademais, considerando a divisão por faixa etária, as pessoas com idades entre 20 e 39 anos representaram, pelo menos, 52% do total de casos de prevalência ao longo desses 4 anos de pesquisa. Outro fator importante na análise foi o nível de escolaridade da população, no qual 49,93% do número de coinfectados pertencem ao grupo de pessoas que não finalizaram o ensino fundamental.
A baixa prevalência do ano de 2021 em relação aos períodos anteriores, aponta uma evidente subnotificação dos casos de coinfecção por HIV e TB por conta do período da pandemia. Outrossim, o maior número de notificações provenientes da região Sudeste deve-se às melhores políticas públicas de rastreamento da doença, além de concentrar a maior porção da população nacional. E, as maiores prevalências estão associadas com o sexo masculino e com a baixa escolaridade devido a fatores como o estilo de vida – consumo de álcool, uso de drogas – e a falta de acesso à informação sobre as doenças.

Palavras-chave

Tuberculose; HIV; Coinfecção.

Área

Eixo 13 | Tuberculose e outras micobactérias

Autores

Lucas da Silva Vinagre, Ailin Castelo Branco, Arthur Cavalcante Lopes, Ana Luiza Vasconcelos Pereira, Bianca Lumi Inomata da Silva, Felipe Kiyoshi Yoshino, Glória Calandrini de Amorim, Luane do Amor Divino Mattos, Micandria Yanka Fender Lobato, Thalyta Alves Rodrigues, Izaura Vieira Cayres Vallinoto