Dados do Trabalho
Título
Análise da vulnerabilidade municipal no Estado do Rio de Janeiro/Brasil, frente a transmissão da Leishmaniose Visceral Americana
Introdução
O Estado do Rio de Janeiro possui um baixo número de casos humanos de Leishmaniose Visceral Americana (LVA); fato que não deve ser negligenciado devido ao elevado número de cães infectados, mortalidade, adaptação ao vetor, urbanização e expansão da doença. Desta forma, medidas preventivas em áreas silenciosas são cruciais para evitar sua disseminação.
Objetivo(s)
Identificar municípios vulneráveis no Estado do Rio de Janeiro e orientar futuros levantamentos entomológicos, por meio do mapeamento da distribuição espacial da doença (humana e canina) e seu vetor local, Lutzomyia (L.) longipalpis.
Material e Métodos
A ocorrência do vetor, casos humanos e caninos de LVA foi obtida no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação, da Secretaria de Saúde do Estado do RJ, dos Serviços Nacionais de Referência em Leishmaniose e da literatura. Os dados foram integrados a um Sistema de Informações Geográficas/QGIS e classificados de acordo com os critérios do Ministério da Saúde.
Resultados e Conclusão
No período de 2011-2022, a LVA humana ocorreu em 09 e a LV canina em 41, dos 92 municípios do Rio de Janeiro. Nos últimos três anos, 27 municípios tiveram registros de LV canina, 32% municípios tinham registros de LVA humana; classificados como de transmissão esporádica, sendo Barra Mansa, Rio de Janeiro e Volta Redonda com registros de LV canina e presença do vetor. Foram identificados 67% municípios vulneráveis, sendo 09 (8%) receptivos, um município classificado como silencioso não vulnerável. O Rio de Janeiro possui 18% dos municípios com levantamento entomológico e registros do vetor, o que mostra uma clara necessidade de estudos entomológicos. Sabe-se que as notificações de casos humanos e caninos de LV ainda são precárias, fato que precisa ser revisto, pois são dados essenciais para que as ações de vigilância e controle sejam implementadas de forma eficiente no estado e nos municípios. Após a detecção do vetor em municípios vulneráveis, as ações de controle recomendadas são: ações de educação em saúde, gestão ambiental e investigação canina, visando a detecção precoce dos casos de LVA. Esse tipo de estudo tem como principal perspectiva definir parâmetros para trabalhar a vigilância e o controle do vetor em municípios, com transmissão de LVA, silenciosas, porém receptivas, fornecendo subsídios para que este modelo possa ser aplicado em diferentes regiões do Brasil.
Palavras-chave
Rio de Janeiro, Leishmaniose Visceral, Lutzomyia (L.) longipalpis, Vulnerabilidade, Vigilância
Área
Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores
Categoria
(Concorra com apenas um trabalho) Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Doutorado
Autores
Margarete Martins Santos Afonso, Bruno Moreira Carvalho, Artur Augusto Velho Mendes Júnior, Cristina Maria Giordano Dias, Lucas Keidel, Patrícia Soares Meneguete, Sandro Antônio Pereira, Elizabeth Ferreira Rangel