Dados do Trabalho
Título
Qualidade dos dados da COVID-19 grave na Bahia
Introdução
Notificar em tempo oportuno e qualificar os indicadores de oportunidade são objetivos da vigilância epidemiológica, além de potente ferramenta para implementação de ações em tempo hábil, principalmente no entendimento do comportamento de determinadas doença. No contexto da pandemia, ocasionada pelo SARS-CoV-2, a vigilância dos casos é realizada em dois sistemas: o SIVEP Gripe, que registra dos casos de SRAG hospitalizados e os óbitos por SRAG, independente de hospitalização e o e-SUS notifica, que captam os casos assintomáticos e os com Síndrome Gripal.
Objetivo (s)
Analisar os campos sem informação e os com informação inconsistente no SIVEP Gripe.
Material e Métodos
Para análise, foram utilizados os bancos de dados (BD) de janeiro 2021 a 31 de agosto de 2022, extraídos do SIVEP Gripe, disponibilizado pela DIVEP. Estes BD foram liberados após aprovação do CEP da Universidade Estadual de Feira de Santana.
Resultados e Conclusão
Neste período, na Bahia, 85.826 casos de SRAG foram notificados, dos quais 55.729 (65%) foram por SRAG por COVID-19, destes 9.339 (16%) não apresentaram nenhum sintoma gripal (febre, tosse, dor na garganta) preenchido; 2.537 (4,5%) estavam sem informação de sintomas gripais e de sintomas de gravidade (dispneia, desconforto respiratório e dessaturação); dos que evoluíram para o óbito, 595 (1,1%) estavam sem informação sobre a hospitalização, logo não atenderam a definição de caso. No campo amostra, 3.715 (7%) estavam sem informação e em 3.292 (6%) não houve coleta de amostras; quanto aos dados laboratoriais, 27.798 (50%) foram detectáveis pela metodologia RT-PCR; 9.220 (16%), por teste de antígeno e 37.018 (34%) sem informação, porém quando observado o critério de confirmação laboratorial, há menção que 46.817 (84%) foram encerrados por esse critério. Da evolução, 6.371 (12%) das notificações estavam sem informação do desfecho; o critério de encerramento sem informação corresponde a 2.824 (5%) das notificações; 2.470 (4%) estavam sem data de encerramento. Da cor,16.413 (30%) estavam sem informação, destes 89 (0%) eram indígenas e 67 (75%) não tinham informação da etnia. No campo idade gestacional, 3007 (5%) tiveram este campo ignorado; com relação a zona geográfica de residência, 11643 (21%) estavam sem informação; 5.391 (10%) apresentaram obesidade, porém em 4.931(91%) o IMC estava sem informação. Logo, corroborando com outros estudos, os campos sem informações ou com preenchimento inadequado podem impactar negativamente nas ações e tomada de decisões da vigilância.
Palavras-chave
SRAG; COVID-19;SIVEP GRIPE
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Mestrado
Autores
THAISA MERCES DE OLIVEIRA CORREIA, ERENILDE MARQUES DE CERQUEIRA, CARLOS ANTONIO DE SOUZA TELES SANTOS