Dados do Trabalho

Título

PREVALÊNCIA E PERFIL SOCIOECONÔMICO DE GESTANTES COM CV DO HIV DETECTÁVEL NO BRASIL DE 2019 A 2022

Introdução

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um vírus capaz de atingir as células de defesa do sistema imunológico dos indivíduos, causando prejuízos à vida da população mundial. O HIV na gestação afeta a qualidade de vidas da mulheres e traz repercussões negativas para tanto para o feto quanto para a mãe, durante a gestação.

Objetivo (s)

Evidenciar a prevalência e perfil socioeconômico de gestantes com carga viral detectável no Brasil, durante os anos de 2019 a 2022.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e analítico, com dados obtidos através do Painel de Gestantes com Carga Viral (CV) do HIV (CV-HIV) Detectável, disponibilizado através do Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI).

Resultados e Conclusão

Com base nos dados analisados, foi obtido um total de 8.136 gestantes com CV-HIV detectável no Brasil, dentre essas, 17,1% (1.388) estavam com 1 a 13 semanas de gestação, 15,6% (1.269) de 14 a 26 semanas, outros 10,4% (848) tinham de 27 a 41 semanas, os últimos 56,9% (4.627) não informaram a idade gestacional. A faixa etária mais acometida encontravam-se mulheres de 30 a 39 anos, 35,5% dos casos. Em relação a raça/cor, pessoas pardas estavam com o maior índice de infecção, com 37,5% dos casos. Ao observar os dados clínico de contagem de linfócitos CD4+ (LT-CD4+), 10,2% (832) das gestantes possuíam um quantitativo menor que 200 cel/mm3, já em 17,5% (1.419) das pacientes encontrava-se um valor entre 200 a 349 cel/mm3, em outros 56,2% (4.566) das gestantes possuíam um valor igual ou superior a 350 cel/mm3, e os últimos 16,1% (1.310) não informaram o valor de LT-CD4+. Em 31,2% (2.541) das gestantes foi encontrado uma CV-HIV de 50 a 1000 cópias/ml, e nos outros 68,8% (5.595) tinham um valor de CV-HIV acima de 1000 cópias/ml. Do total obtido, 28,2% (2.292) não estavam em uso da terapia antirretroviral (TARV) e 71,8% estavam em uso da TARV. Os resultados obtidos são relevantes para criação de estratégias públicas que visem diminuir o índice de prevalência desse público afetado, afim de reduzir as complicações que a infecção por HIV pode gerar as mulheres e aos fetos, durante a gravidez.

Palavras-chave

TARV; HIV; gestação.