Dados do Trabalho

Título

TRIATOMÍNEOS (HEMIPTERA: REDUVIIDAE, TRIATOMINAE) IDENTIFICADOS NO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL

Introdução

Triatomíneos (Hemiptera: Reduviidae) são insetos de importância médica, de hábito hematofágico, conhecidos popularmente como barbeiros, têm papel fundamental na transmissão de patógenos aos seres humanos e outros animais, vetores do Trypanosoma cruzi (Trypanosomatida: Trypanosomatidae), protozoário flagelado, agente etiológico da Doença de Chagas. No Brasil foram identificados 64 espécies. Embora com ampla distribuição pelo território brasileiro, somente seis espécies foram encontradas no Amapá, Eratyrus mucronatus Stål, 1859, Panstrongylus geniculatus (Latreille, 1811), Panstrongylus lignarius (Walker, 1837), Rhodnius pictipes Stål, 1872, Rhodnius robustus Larrousse, 1927 e mais recentemente Rhodnius amazonicus Almeida, Santos & Sposina, 1973. No Amapá, o monitoramento da fauna de triatomíneos é responsabilidade do Laboratório de Vetores da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (LV-SVS), mas estudos paralelos ocorrem por outros órgãos de pesquisa e universidades.

Objetivo (s)

Descrever as espécies de triatomíneos vetores da Doença de Chagas já registrados no Estado do Amapá identificadas pelo Laboratório de Vetores da SVS-AP.

Material e Métodos

O Estado do Amapá, com sua capital em Macapá, possui uma área de 142.815 km2 e uma população estimada para 2021 de 877.613 habitantes (IBGE), distribuídos em 16 municípios. Foram compiladas informações sobre os triatomíneos do Amapá disponíveis no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL - Animal) da SVS-AP no período de 2018 a 2023.

Resultados e Conclusão

Dentre as espécies de triatomíneos de interesse para a saúde pública já descritas para o Estado do Amapá, o LV-SVS identificou três em quatro de seus municípios, a saber: Macapá 04 Rhodnius pictipes (2023), 02 Panstrongylus geniculatus (2019, 2021); Santana 02 Rhodnius pictipes (2019); Ferreira Gomes 01 Rhodnius pictipes (2018) e Porto grande 01 Eratyrus mucronatus (2022). A identificação das principais espécies vetoras é um instrumento de fundamental importância no esclarecimento de como ocorre a transmissão da doença, contribuindo para a formulação de ações de vigilância e controle.
Contudo, há uma lacuna no conhecimento quando utilizado apenas o GAL-Animal como fonte de informação, pois há outras espécies de triatomíneos registradas por diversos trabalhos científicos, que não constam no sistema.
Portanto, é necessário o fortalecimento da vigilância entomologia para triatomíneos, bem como o fortalecimento das parcerias entre o LV-SVS e as demais instituições parceiras.

Palavras-chave

Barbeiro
Doença de Chagas
Amazônia