Dados do Trabalho

Título

Perfil epidemiológico da leptospirose no Brasil nos últimos 5 anos

Introdução

A leptospirose é uma zoonose causada por leptospirose patogênicas transmitida pelo contato com urina de animais infectados ou água e lama contaminados pela bactéria. No meio urbano, os principais reservatórios de foco de infecção são os roedores. A penetração do microorganismo ocorre através da pele com lesões, imersão de pele íntegra a longo período imersão. É uma doença infecciosa febril de início abrupto e o espectro clínico varia. É um importante problema de saúde pública no Brasil e em países tropicais em desenvolvimento, devido a alta incidência nas populações vulneráveis que vivem sem adequada infraestrutura sanitária e com altas infestações de roedores. No Brasil é endêmica, elevados indicies de inundações. É relevante abordar essa temática tendo em vista a endemia no Brasil, e percentual significativo das internações e a elevada magnitude de letalidade.

Objetivo (s)

Descrever o perfil epidemiológico da leptospirose no Brasil nos últimos 5 anos

Material e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo com dados coletados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH), do período de 2018 a 2022, na plataforma DATASUS. As variáveis analisadas foram: internações por ano de Atendimento, por sexo e faixa etária segundo região, sendo o capítulo de CID 10: Leptospirose icterohemorrágica, outras formas de Leptospirose, Leptospirose não especificada.

Resultados e Conclusão

Entre 2018 e 2022 foram registradas 9.470 internações secundárias à Leptospirose no Brasil. No país, os pacientes internados foram em sua maioria do sexo masculino representando 84,3% da amostra. A faixa etária mais prevalente entre os brasileiros foi de 30 a 39 anos, com 20,28% dos casos. Na população adulta, as internações aumentaram até essa faixa etária, apresentando queda entre os indivíduos acima de 60 anos. No Sul, região de maior prevalência de casos, o comportamento da faixa etária foi semelhante, com 24,49% da amostra entre 30 e 39 anos. Em relação ao sexo, foi observado que na população sulista, os homens representaram 86,53% dos casos. Em comparação com o Brasil, o Sul apresenta semelhanças importantes no perfil epidemiológico dos pacientes internados por Leptospirose, sendo isso possivelmente devido à grande produtividade agrícola da região, associada à lavoura irrigada. Isso vai de encontro com o esperado, pois essa patologia é característica de locais com pouco saneamento básico e a região Sul é conhecida nacionalmente por apresentar uma melhor qualidade de vida.

Palavras-chave

Leptospirose; Endemia; Vulnerabilidade Social