Dados do Trabalho
Título
ASPECTOS CLÍNICOS DA INFECÇÃO PELO SARS-CoV-2 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE NÃO IMUNIZADOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM MATO GROSSO DO SUL
Introdução
A infecção pelo SARS-CoV-2 expressa importância sanitária em virtude da rápida evolução clínica para casos graves no cenário epidemiológico de pré-imunização em massa. A caracterização clínica é fundamental para apoiar o manejo clínico e as ações de saúde pública.
Objetivo (s)
Caracterizar o quadro clínico da infecção pelo SARS-CoV-2 em profissionais de saúde de um Hospital de referência em MS.
Material e Métodos
Estudo observacional, transversal e descritivo. Foram incluídos profissionais de saúde do hospital de referência no estado de MS, com COVID-19 confirmada por exame RTq-PCR através da coleta de dados clínicos, semanalmente, entre 05/2020 a 02/2021
Resultados e Conclusão
Participaram 114 profissionais de saúde, com idade média de 38,4 anos, sendo a maioria homens, 76,3%. Comorbidades foram descritas em 26,3%, destes hipertensão arterial foi relatada em 56,6% dos casos, diabetes mellitus em 16,6% e asma em 20%. Outras comorbidades como doença cardíaca, reumatológica, hematológica e neoplasia maligna representou 3,3%. A seguinte distribuição de sinais e sintomas foi descrita: cefaleia (57,8%), tosse (41,2%), mialgia e/ou artralgia (41,2%), febre (40,3%), rinorreia (40,3%), adinamia (33,3%), dor de garganta (31,5%), congestão nasal (25,4%), anosmia e/ou ageusia (21%), diarreia (20,1%) e dispneia (6,1%). Eram assintomáticos 21,9% dos casos. A manifestação clínica foi identificada como síndrome gripal (SG) em 76,4%. Em 23,5%, porém, os participantes não relataram quadro definidor de SG, permitindo, porém, caraterização de quadro sintomático respiratório. A presença de sintoma grave – dispneia – esteve presente em 6,1% da população estudada, grupo este com maior prevalência de febre (85,7%), dispneia (100%), cefaleia (100%), tosse (85,7%), dor de garganta (57,1%) e coriza ou congestão nasal (71,4%). A letalidade foi de 0,87%.Conclusão: Em adultos jovens profissionalmente ativos com poucas comorbidades, nota-se elevado índice de sinais e sintomas sem repercussão grave, devendo pontuar, entretanto, que o relato subjetivo aliado à indisponibilidade de dados objetivos clínico e complementar permitem a ocorrência de diagnósticos diferenciais, especialmente entre os casos graves.
Palavras-chave
COVID-19, profissionais de saúde, sinais e sintomas, letalidade
Agradecimentos
UFMS/FUNDECT-MS/Fiocruz Mato Grosso do Sul
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Carlos Alberto Bento Júnior, Barbara Helena Paes Gargiulo, James Venturini, Anamaria Mello Miranda Paniago, Wellyngton Matheus de Souza Santiago, Adriana Carla Garcia Negri, Fernanda Paes Reis, Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira, Ana Paula da Costa Marques