Dados do Trabalho
Título
Prevalência das formas clínicas da Hepatite B no estado do Pará entre o período de 2016 a 2020
Introdução
A Hepatite B é uma doença infecciosa do fígado causada pelo vírus da hepatite B (HBV), que pode levar a uma ampla gama de manifestações, desde formas assintomáticas até doença hepática crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. Sua transmissão ocorre por meio do contato com sangue contaminado, relação sexual e vertical.
Objetivo (s)
Analisar a prevalência das formas clínicas de Hepatite B no Pará entre 2016 a 2020.
Material e Métodos
Estudo quantitativo e retrospectivo cujas informações foram coletadas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados são referentes aos casos confirmados de Hepatite B no Estado do Pará, no período de 2016 e 2020, avaliando as variáveis: ano de diagnóstico, forma clínica, sexo e fonte de infecção.
Resultados e Conclusão
Em 2016, foram notificados 240 casos de hepatite B, dos quais 69% apresentavam forma crônica e 27,5% em fase aguda. No ano seguinte, 2017, houve um aumento dos casos notificados, totalizando 288, seguindo com maior prevalência na fase crônica, 74,6%, e menor prevalência na fase aguda, 21,2%. O ano de 2018 seguiu o padrão dos anos anteriores, com 313 casos, a forma crônica da doença foi diagnosticada em 80,5% dos doentes e a fase aguda em 15%. Em 2019, ocorreu a maior incidência da doença no Pará durante o período analisado, com 371 casos, sendo 67,6% na forma crônica e 23% em fase aguda. Em contrapartida, o ano de 2020 foi o que obteve menor número de registros, 143 casos, assim como foi o ano com o menor número de testes sorológicos em busca de antígenos realizados, destes 70,6% estavam em forma crônica e 23% em fase aguda. Durante o período analisado, a distribuição de casos entre os sexos foi similar, sendo 50,8% associados ao sexo masculino e 49,2% ao sexo feminino. Dos 1355 casos confirmados de hepatite B, 5,8% não tiveram a forma clínica especificada, além disso, 61% dos registros da forma de infecção foram ignorados ou não especificados, no entanto, entre as formas de contágios especificadas, as mais prevalentes foram: transmissão sexual (33,2%) e tratamento dentário (1,5%).
A forma crônica da hepatite B é, então, a mais prevalente no estado do Pará. Destaca-se o aumento do número de casos de 2016-2019, que pode ser justificado pela maior realização de testes diagnósticos. Além disso, vale enfatizar que o ano de 2020 apresentou a menor incidência, justificado pela menor realização de testes sorológicos, tendo provável influência da pandemia de COVID-19.
Palavras-chave
Hepatite B; Vírus da Hepatite B; Epidemiologia; Pará.
Área
Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Luiz Felipe Leão Lima, Valentina Silva Rodrigues, Leonardo Machado Sampaio, Yasmin Goto Barros, Stefanne de Cássia Pereira da Silva, Carlos Eduardo Oliveira da Silva, Mariana dos Santos Guimarães, Lucas Dias Silva, Paulo Cesar Lobato, Leticia Sousa Jatene, Arthur Vinicius dos Santos Peres