Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TUBERCULOSE PRÉ E PÓS PANDEMIA DE COVID-19 NA CIDADE DE BELO HORIZONTE NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Introdução

A tuberculose (TB) é uma doença infecto contagiosa com altos índices de cura, quando adequadamente tratada. Porém ainda é considerada como um problema de saúde pública mundial, devido ao alto índice de adoecimento e óbito. O Ministério da Saúde estabeleceu o Plano “Brasil Livre da Tuberculose”, que busca combater a TB a partir de medidas de promoção de saúde e prevenção de doenças. Diante do exposto, faz-se necessário conhecer o perfil epidemiológico das pessoas em tratamento para TB e quais alterações sofreram mediante a pandemia de covid-19, para, assim, possibilitar a tomada de medidas mais eficazes no âmbito do combate à doença.

Objetivo (s)

Comparar o perfil das pessoas com TB notificadas e residentes em Belo Horizonte (BH), em 2019 e 2021.

Material e Métodos

Foram analisados dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referente aos casos de TB, notificados e residentes em BH em 2019, comparados à 2021. Definidas as variáveis: sexo, raça, realização de exame HIV, tipo de entrada e situação de encerramento. Para a análise, utilizou-se o Excel. Após, foi construído um quadro comparativo das variáveis individualmente.

Resultados e Conclusão

Em 2019 e 2021, foram notificados em BH, 610 e 539 casos, respectivamente, o que representou uma queda de 11,6%, corroborando com os resultados observados no Brasil. Quanto ao sexo, em ambos os anos, os homens adoeceram mais que as mulheres, representando 70% dos casos em 2019 e 71% em 2021. As pessoas mais acometidas foram aquelas que se autodeclaram pardas 54% e 55%. Em relação à realização do exame de HIV, houve um aumento de 4,5% nos resultados negativos, enquanto o percentual de não realização caiu de 16% em 2019 para 15% em 2021. Houve mudanças no tipo de entrada: os percentuais de casos novos e reingresso após abandono, foram, respectivamente, 85% e 8% em 2019; e, 82% e 9% em 2021. Sobre a situação de encerramento, observou-se redução de 7,5% na cura, que passou de 67% para 62%, e um aumento do abandono, de 15% para 19%. Ao comparar os dados, foi possível observar um aumento do reingresso após abandono nos últimos anos. Esses achados reforçam a necessidade de ações para garantir adesão ao tratamento, em especial aos grupos que se mantém como os de maior prevalência da doença: os homens e os autodeclarados pardos. Manter os dados atualizados favorece a elaboração das medidas de saúde.

Palavras-chave

Tuberculose; Saúde Pública; Epidemiologia

Agradecimentos

Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais

Área

Eixo 13 | Tuberculose e Outras Micobactérias

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado

Autores

Júlia Oliveira Melo, João Lucas Campos Nunes Hübner, Juliana Veiga Costa Rabelo