Dados do Trabalho


Título

Vigilância genômica das novas sublinhagens da variante Ômicron no Ceará

Objetivo (s)

Analisar a evolução temporal, espacial e o perfil epidemiológico dos casos respectivos as novas sublinhagens da variante Ômicron.

Material e Métodos

Os dados foram retirados do Boletim epidemiológico de Covid-19 Nº 3, que continha informações até a SE 19/2023. Em seguida, foram tabulados e analisados utilizando o software excel e geoprocessados no software Qgis.

Resultados e Conclusão

Desde o início do monitoramento no estado em 2021, foi realizado o sequenciamento genômico em 8.486 casos, onde 62,2% foram positivos para a variante Ômicron. O conhecimento de novas sublinhagens dessa variante se deu a partir da semana epidemiológica (SE) quatro, sendo identificadas inicialmente a XBB.1, em seguida, na SE 5, a XBB.1.5, e por fim, na SE 12, a XBB.1.18.1. As duas primeiras variantes circularam, simultaneamente, da SE 5 a SE 8, observando-se a inexistência de casos na SE 10 e 11. A partir da SE 12, foi verificado a propagação paralela das sublinhagens XBB.1.18.1 e XBB.1.5, com prevalência desta última. Em janeiro de 2023, a OMS divulgou a avaliação de risco da variante XBB.1.5, uma linhagem recombinante da ÔmicronVOC, BA.2.10.1 e BA.2.75. Na época, o grupo consultivo já considerava as novas características genéticas e previam um aumento na incidência dos casos e uma rápida dispersão. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em São Paulo, ainda na primeira semana de janeiro, e corroborando com a previsão, rapidamente chegou ao Ceará. Outro ponto a ser observado é que nos Estados Unidos, a propagação da XBB.1.5 foi aproximadamente 12% mais rápida quando comparada com as outras variantes em circulação, o mesmo perfil observado no estado. Quanto à distribuição espacial, as novas sublinhagens, até então, encontravam-se em 60 dos 184 municípios, porém apenas Caucaia e Fortaleza registraram tripla circulação. Além disso, analisando o perfil epidemiológico dos casos sequenciados, foi observado uma maior incidência no sexo feminino e na faixa etária a partir de 70 anos. A vigilância genômica foi uma ferramenta essencial para superar a pandemia e continua sendo, pois geram informações que auxiliam no desenvolvimento de protocolos de diagnósticos, para o desenvolvimento de vacinas e uma melhor compreensão acerca da evolução molecular e os padrões epidemiológicos do SARS-CoV-2.

Palavras-chave

COVID-19; Epidemiologia; SARS-CoV-2 variants

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Kamilla Carneiro Alves Marques, Nicole Silva França, Ana Beatriz Souza Martins, Thayanne Maria Alves de Sousa Nunes, Valderi Ferreira de Andrade Neto, Viviane de Amorim Duarte