Dados do Trabalho


Título

Utilização de um modelo matemático para avaliar substitutos ao Piriproxifeno no princípio da disseminação de larvicida

Objetivo (s)

O objetivo deste trabalho foi identificar a possibilidade da utilização dos larvicidas Espinosade (SPN) e Diflubenzuron (DFZ) como substitutos ao Piriproxifeno (PPF) na estratégia de disseminação de larvicida, utilizando valores correspondentes às concentrações de DL50 (SPN: 23µg/L, DFZ:230µg/L) e DL90 (SPN:55µg/L, DFZ:470µg/L) disponíveis na literatura.

Material e Métodos

A equação de Devine (2009) que define a quantidade de criadouros contaminados a partir da: proporção de EDLs em relação ao número total de criadouros disponíveis, persistência do larvicida na água após disseminado, visitas realizadas em cada criadouro e quantidade de visitas (oviposições) necessárias para tornar-se um habitat improdutivo, foi modificada para incluir o número de visitas necessárias para que as DL50 e DL90 dos larvicidas em questão sejam atingidas em dois cenários: 250 EDLs e 500 EDLs. Em seguida, foram calculados a capacidade vetorial e R0 desses cenários para avaliar a capacidade da estratégia diminuir à população do vetor a ponto de gerar R0<1. Para essas simulações, foi considerada uma área com 6.000 fêmeas adultas, 1.000 habitats larvais, população humana de 1.000 e 20.000 indivíduos de Ae. aegypti imaturos (70% fêmeas).

Resultados e Conclusão

Para a DL50, no primeiro cenário a população adulta de mosquitos contaminou somente 3.5% e 30% dos criadouros com DFZ e SPN, respectivamente. Com PPF, 99% dos criadouros foram contaminados. Porém, nenhum larvicida conseguiu gerar R0<1 se apenas uma concentração DL50 é disseminada. No segundo cenário, a porcentagem de criadouros contaminados com DFZ e SPN aumentou para 5.9% e 45%, mas não foram capazes de reduzir o R0 a valores necessários para interromper a transmissão de arbovírus. Quando uma concentração DL90 é disseminada a proporção de criadouros contaminados com DFZ e SPN é menor nos dois cenários: 1,7% e 14% no primeiro, 2,9% e 22% no segundo. Para PPF a porcentagem de criadouros contaminados foi a mesma, mas resultando em um R0 de 0,22. No modelo matemático utilizado, SPN e DFZ sugerem não serem substitutos adequados ao PPF. Porém, o modelo não reflete as complexidades do campo, como: número maior de visitas, possibilidade de os mosquitos transportarem maiores quantidades de larvicida e diferentes tipos de criadouros. Futuros estudos que avaliem a disseminação de SPN e DFZ em ambientes controlados podem gerar suposições mais favoráveis.

Palavras-chave

Controle vetorial, Arboviroses, Aedes aegypti.

Agradecimentos

Coordenação De Aperfeiçoamento Pessoal De Nível Superior (CAPES)

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Ayrton Sena Gouveia, Claudia Torres Codeço, Gabriela Brandina Aquino Abreu, Jpoaquim Jose Cortes Carvajal, Sergio Luiz Bessa Luz