Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA FEBRE TIFOIDE NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2011 A 2021

Introdução

A febre tifoide é uma doença infectocontagiosa sistêmica, aguda e febril, causada pela bactéria Salmonella enterica sorotipo Typhi, cuja a transmissão está associada à ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas com fezes ou urina de indivíduos infectados.

Objetivo (s)

Analisar o perfil epidemiológico da febre tifoide no Estado do Pará no período de 2011 a 2021.

Material e Métodos

Esta pesquisa, de caráter transversal, descritivo e quantitativo, envolveu os casos notificados de febre tifoide ocorridos no Estado do Pará entre os anos de 2011 a 2021, disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis epidemiológicas analisadas foram: município de infecção, sexo, faixa etária, zona de residência e escolaridade. Também foi utilizado o programa Microsoft Excel 2016 para avaliação das frequências absolutas e relativas das informações coletadas.

Resultados e Conclusão

Sobre os resultados, no Estado do Pará entre os anos de 2011 a 2021 foram confirmados 174 casos de febre tifoide, com média anual de 21,75 casos. Os cinco municípios com maiores percentuais de notificação da doença foram Belém com 30,23% (n=52), Abaetetuba com 13,37% (n=23), Breves com 12,21% (n=21), Oriximiná com 9,88% (n=17) e Ananindeua com 5,23% (n=9). O perfil sociodemográfico predominante dos pacientes foi: 36,78% (n=64) do sexo masculino, 34,48% (n=60) com 20 a 59 anos, 50,00% (n=87) residentes da zona urbana e 37,21% (n=64) com ensino fundamental incompleto. Assim sendo, pode-se inferir que o crescimento urbano desordenado aliado a falta de investimentos em condições sanitárias e baixos hábitos de higiene constituem-se como fatores de risco para a contaminação por Salmonella Typhi em algumas cidades, como é o caso de Belém. Além disso, o pouco cuidado na manipulação dos alimentos, especialmente em restaurantes e venda de lanches, comuns em centros urbanos, pode ser considerado um dos motivos para a manutenção da transmissão dessa bactéria na zona urbana. Portanto, ainda são necessários investimentos em planos de prevenção da doença, que implica na melhoria de acesso ao saneamento básico das cidades, vigilância sanitária de estabelecimentos de venda de alimentos e educação em saúde voltada para população em geral.

Palavras-chave

Epidemiologia. Febre tifoide. Perfil de saúde.