Dados do Trabalho
Título
VIGILÂNCIA LABORATORIAL DA FEBRE AMARELA NO AMAPÁ: INVESTIGAÇÃO ENTRE OS ANOS DE 2019 A 2022
Introdução
A febre amarela é uma arbovirose causada por um flavivírus RNA, transmitida por vetores: Haemagogus, Sabethes e Aedes, se mantém no Brasil por ciclo silvestre, sendo considerada uma ameaça à saúde pública pela possibilidade de reintrodução em ciclo urbano, principalmente em populações não vacinadas. O Amapá, apresentou aumento significativo de casos suspeitos e confirmados entre os anos de 2019 a 2022
Objetivo (s)
Investigar a prevalência de casos confirmados, perfil epidemiológico da população de estudo no Estado no período de 2019 a 2022 e comparar com dados de vigilância laboratorial
Material e Métodos
Estudo transversal, utilizando dados secundários provenientes do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), DATASUS e Gerenciador de Ambiente Laboratorial – GAL.
Resultados e Conclusão
Entre os anos de 2019 a julho de 2022 foram notificados 25 casos suspeitos de febre amarela, sendo o sexo masculino com idade entre 0 a 19 anos, 9 (36%) os mais afetados, ao observar o histórico vacinal apenas 4 (16%) foram vacinados, pelo critério de classificação 21 (84%) foi laboratorial, tanto para confirmação ou descarte do caso suspeito, a classificação final definiu a prevalência de febre amarela silvestre 3 (12%), a hospitalização ocorreu em 15 (60%) dos casos, em relação a evolução dos casos confirmados, 1 (4%) evoluiu para cura e 2 (8%) foram a óbito. Dos casos descartados para febre amarela, foram identificados outros agravos: Doença de chagas 2 (50%), Leptospirose 1 (25%) e Síndrome de Haff (25%). No mesmo período a Diretoria Executiva de Vigilância Laboratorial – DEVL analisou 76 amostras (sorologia, encaminhado para a referência Nacional) e 32 amostras (RT-qPCR), na sorologia 8 (10,5%) reagentes, 2 (2,6%) indeterminados e RT-qPCR 2 (6,2%) detectáveis. As divergências entre dados remetem a subnotificações, por isso é importante uma melhor investigação diferencial e epidemiológica, além de coleta oportuna para investigação molecular, ademais o conhecimento do perfil de casos de febre amarela evidenciam o risco, devem ser implementadas estratégias de prevenção, controle do vetor, capacitação profissional para notificação, implantação de técnicas moleculares para diagnóstico e realização de campanhas de vacinação, priorizando a população.
Palavras-chave
VIGILÂNCIA LABORATORIAL. FEBRE AMARELA. ARBOVIROSE. AMAPÁ.
Agradecimentos
Diretoria Executiva de Vigilância Laboratorial – DEVL/SVS/LACEN – Amapá
Instituto Leônidas e Maria Deane – ILMD/FIOCRUZ Amazônia
Área
Eixo 08 | Arboviroses
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
JULIA PANTOJA MARQUES, DIULIANA DOS SANTOS MENDES, EDCELHA SOARES D’ATHAIDE RIBEIRO, THAÍS ZAHLOUTH SERIQUE GATO