Dados do Trabalho

Título

Capacitação profissional em tuberculose na rede de atenção primária à saúde de Niterói/RJ: uma parceria promissora entre Academia e Comunidade

Introdução

A tuberculose (TB) representa um problema de saúde pública mundial, sendo relacionada a menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil está entre os 30 países com maior carga de TB e o Rio de Janeiro é o terceiro estado com maior número de casos. Dentre as estratégias para o controle da TB, o Ministério da Saúde destaca a importância das capacitações, abrangendo profissionais de diversas áreas de cuidados à saúde.

Objetivo (s)

Contribuir com o Programa de Controle da Tuberculose (PCT) do Município de Niterói a fim de auxiliar no controle da doença através da cooperação entre Academia e Comunidade.

Material e Métodos

Trata-se de capacitação dos profissionais de saúde de diferentes áreas de atuação na rede de atenção primária à saúde de Niterói, realizada através do treinamento no manejo da infecção latente da tuberculose (ILTB) e TB ativa em crianças, adolescentes e adultos. Tais capacitações ocorreram no CAIT Mazzini Bueno/UFF, Niterói/RJ, de agosto/2022 a abril/2023. Antes de cada capacitação, os participantes responderam a um pré-teste com 12 questões para avaliar o conhecimento prévio em TB. Em seguida, ocorreu o treinamento por meio de aulas interativas acerca do tema. O pós-teste foi aplicado ao final do treinamento a fim de avaliar os conhecimentos adquiridos na capacitação de acordo com a área de atuação dos profissionais.

Resultados e Conclusão

Resultados: Houve 16 capacitações, nas quais participaram 267 profissionais de saúde. Dentre esses, 66 (25%) eram enfermeiros, 61 (23%) técnicos em enfermagem, 56 (21%) médicos, 14 (5%) dentistas e 69 (26%) atuavam em outras áreas, incluindo profissionais de consultórios de rua e redutores de danos. Quando comparados os resultados pré e pós-teste, 224 (84%) dos 267 profissionais apresentaram melhora do aproveitamento, sendo a média de acertos de 6,4 (53,3%) no pré-teste e 9,3 (77,5%) no pós-teste, com aumento de 24,2% de acertos após a capacitação. Observou-se que a questão com maior taxa de melhora, entre o pré e o pós-teste, para os enfermeiros foi sobre a conduta em um caso com suspeita de TB (41,4% de melhora), para os médicos foi o tratamento de ILTB (45,8% de melhora), e, para os técnicos de enfermagem, foi a abordagem da TB extrapulmonar (50% de melhora).
Conclusão: As capacitações contribuíram para aprimorar o conhecimento dos profissionais sobre o manejo da TB, com melhora do aproveitamento do pós-teste, nos participantes das diversas áreas de atuação.

Palavras-chave

Tuberculose. Capacitação. Profissionais de Saúde.

Agradecimentos

CAIT Mazzini Bueno, CNPq e Prefeitura de Niterói.