Dados do Trabalho


Título

SARS-CoV-2 entre profissionais do Hospital Universitário Lauro Wanderley antes e após a vacinação: Evidências epidemiológicas do impacto da vacinação

Introdução

Os profissionais da saúde e a equipe de apoio hospitalar atuaram na linha de frente contra a COVID-19 e, por isso, apresentaram uma chance maior de se contaminar e consequentemente expor os pacientes que estão em condições vulneráveis e os outros membros da equipe. Desde maio de 2020, o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) realiza o monitoramento de casos de COVID-19 entre seus profissionais na tentativa de diagnosticar a infecção pelo SARS-CoV-2 inicialmente, impedindo a disseminação do vírus dentro do ambiente hospitalar.

Objetivo (s)

O objetivo deste trabalho foi determinar a frequência do SARS-CoV-2 entre do HULW antes e após a vacinação e correlacionar as características clínicas e perfis de profissionais infectados.

Material e Métodos

Foram analisados todos os profissionais do HULW com suspeita clínica ou que tiveram contato com pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 e que foram atendidos pelo Serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho do hospital. Todas as amostras de secreções nasofaríngeas que foram coletadas no HULW, foram encaminhadas ao Laboratório de Vigilância Molecular Aplicada da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para realização do diagnóstico molecular, junto com as fichas de notificação contendo dados clínicos e epidemiológicos. Os resultados dos testes, assim como os dados clínicos e epidemiológicos dos profissionais diagnosticados com COVID-19, foram compilados e foi realizada uma análise descritiva e estatística dos dados.

Resultados e Conclusão

No HULW, 2256 profissionais foram testados através de testes moleculares para a COVID-19 e 493 (21,85%) apresentaram resultado detectável, 57 destes, mais de uma vez. As maiores frequências de detecção do vírus foram observadas nos meses de junho, julho, setembro e dezembro de 2020 e setembro de 2021. Analisando o período pré-vacinação e pós-vacinação, observou-se que 13,43% e 4,21% profissionais tiveram diagnóstico de COVID-19, respectivamente (Odds Ratio = 0,28; 95% CI = 0,22-0,36; p<0,001). Os sintomas iniciais mais comumente relatados pelos profissionais que testaram positivos para SARS-CoV-2 foram dor de garganta (52,35%), dor de cabeça (50,47%), tosse (47,87%), coriza (34,90%), febre (33,01%) e mialgia (27,83%). Os resultados deste estudo evidenciaram uma redução de mais de um terço no número de casos de COVID-19 após vacinação dos profissionais do HULW.

Palavras-chave

COVID-19. SARS-CoV-2. Profissionais de Saúde. Vacinação.

Área

Eixo 05 | Imunizações/ Saúde do viajante

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado

Autores

Ryta de Kassia Albuquerque dos Prazeres , Romero Henrique Teixeira Vasconcelos, João Felipe Bezerra, Maria Soraya Pereira Franco Adriano, Carmem Gabriel Gomes de Figueiredo, Laisa Ribeiro de Sá, Nathalia de Alencar Cunha Tavares, Francisco Bernardino Silva Neto, Ronaldo Rodrigues Sarmento, Ana Carolina Bernardes Dulgheroff