Dados do Trabalho

Título

Mortalidade prematura por neoplasias malignas no sexo feminino no estado do Ceará: uma análise dos anos 2010-2022

Introdução

Câncer é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos. Esse grupo de doenças é considerado a segunda principal causa de morte no mundo, sendo responsável por 9,6 milhões de mortes em 2018. De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), para o triênio 2023-2025, foram previstos 21.020 novos casos para o estado do Ceará. Nessas estimativas são considerados todos os tipos de câncer, exceto os de pele não melanoma. Muitos fatores contribuem para o desenvolvimento do câncer, dentre eles destacam-se o consumo de tabaco, o álcool, a alimentação inadequada e a inatividade física. O envelhecimento é outro fator fundamental para seu desenvolvimento, pois a incidência do câncer aumenta drasticamente com a idade.

Objetivo (s)

Descrever o cenário epidemiológico da mortalidade por neoplasias malignas no sexo feminino no estado do Ceará no período entre 2010 a 2022.

Material e Métodos

Pesquisa descritiva, com dados de mortalidade por neoplasia maligna do estado do Ceará. A coleta de dados foi realizada a partir de dados publicizados pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. O período de análise correspondeu aos óbitos prematuros (30 a 69 anos) ocorridos de 2010 a 2022.

Resultados e Conclusão

No período analisado (2010 a 2022) houve um predomínio da taxa de mortalidade prematura por neoplasias malignas no sexo feminino passando de 101,9 em 2010 para 103,7 óbitos prematuros por 100 mil habitantes de 30 a 69 anos do sexo feminino em 2022. Analisando a tendência temporal das taxas de mortalidade prematura por neoplasias malignas no sexo feminino, verifica-se que dentre os tipos de neoplasias, a neoplasia maligna da mama é a que representa o maior risco de morte prematura em todo período variando entre 19,3 e 23,3 (óbitos prematuros por 100 mil habitantes do sexo feminino). Depois da mama, as neoplasias malignas de brônquios e pulmões, do colo do útero e do estômago são as que apresentam maiores riscos de mortes prematuras no sexo feminino no período analisado.
Conclusão: Diante desse contexto, são necessárias políticas e programas efetivos, nos quais todos os atores sociais desempenhem papéis importantes para a diminuição ou eliminação dos fatores de risco para essa doença ou incorporação de seus fatores de proteção.

Palavras-chave

Neoplasias malignas; Epidemiologia; Vigilância em Saúde