Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE POR DOENÇA DE CHAGAS NO CEARÁ: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA

Introdução

A doença de Chagas é uma hemoparasitose negligenciada endêmica no estado do Ceará, com uma prevalência estimada de 3,2%.

Objetivo (s)

O objetivo foi descrever a situação epidemiológica da mortalidade por doença de Chagas no Estado do Ceará.

Material e Métodos

O estudo compreendeu todos os óbitos por doença de Chagas no estado do Ceará ocorridos no período de 2005 a 2020, notificados no SIM do DATASUS. Os códigos B57 a B575 foram considerados a principal causa do óbito.

Resultados e Conclusão

Em 16 anos foram registrados 809 óbitos por doença de Chagas apontada como causa principal da morte. Destes, 1,5% (12/809) foram considerados não aptos por não serem residentes no Ceará ou terem informações inválidas referente a idade. Das 797 declarações de óbito aptas para a pesquisa, 608 (76,3%) tiveram a causa da morte indicada como CID:B572, 63,0%, para a totalidade (n=797) houve predomínio do sexo masculino (66,6%) , na faixa etária superior a 50 anos (85,9%), de raça/cor parda (65,5%), estado civil casados (57,3%), baixa escolaridade com até 3 anos de estudo (65,1%), da agricultura (33,4%), Quixadá foi a região com maior número de residentes que foram a óbitos. As taxas de óbitos por doença de Chagas no estado do Ceará foram analisadas de acordo com as regiões geográficas intermediarias, sendo as regiões com maiores taxas de queda de mortalidade foram sobral (29,8%), Iguatu (26,8%) e Crateús (17,6%). Fortaleza apresentou a menor taxa de queda 3,7% entre o período de 2005-2008 em comparação com o período 2017-2020. As regiões com taxas crescentes de mortalidade foram Juazeiro do Norte (64%), indo de 28,1/1.000.000 hab., para 46,1 entre 2005 e 2020, com média de 35,0 óbito e Quixadá apresentou aumento de 41,8% na taxa de óbitos entre 2005 e 2020. A maior proporção de óbitos ocorreu nas regiões de Quixadá (28,6%) e Fortaleza (19,4%), e a menor frequência na região de Sobral (5,3%). Os resultados deste estudo podem contribuir para a melhor compreensão da mortalidade por DC no Ceará além de subsidiar as políticas públicas para o diagnóstico e o tratamento.

Palavras-chave

Doença de Chagas, Mortalidade, epidemiologia

Área

Eixo 06 | Protozooses

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Gabriel Albuquerque Sousa, Beatriz Lúcio de Alencar Barros, José Igor de Oliveira Jacó, Aguida Virginia Oliveira Braga, Amanda Barroso Rocha de Oliveira, Alanna Carla da Costa, Davi Araújo Aragão, Maria de Fátima Oliveira