Dados do Trabalho


Título

Presença de estruturas parasitárias em amostras de água filtrada de creches públicas de um município do norte de Minas Gerais

Introdução

Determinadas doenças, como as helmintoses, podem ser veiculadas pela água, sendo a ingestão o mecanismo de propagação mais corriqueiro.

Objetivo (s)

Assim, objetivou-se com esta pesquisa, analisar a existência de estruturas parasitárias na água filtrada fornecida às crianças de creches de um município do norte de Minas Gerais.

Material e Métodos

Foram escolhidas ao acaso 3 creches para essa avaliação. Antes da coleta as torneiras foram higienizadas com álcool gel 70% e papel toalha. Foram coletados 500mL de água de cada local, em recipiente plástico identificado e acondicionados em isopor até a chegada ao Laboratório de Parasitologia Veterinária do Hospital Veterinário do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais-Campus Salinas, onde foram submetidas a duas técnicas. Primeiro, a técnica de Hoffmann, Pons e Janer foi usada, onde as amostras foram colocadas em recipientes identificados, logo foram filtradas com gaze dobrada 4 vezes, transferidas para tubos Falcon e deixadas em repouso por 24 horas. No dia seguinte, o sobrenadante foi desprezado e uma gota do sedimento foi colocada em lâmina com uma gota de lugol, cobrindo a mesma com lamínula. As análises em microscópio óptico foram feitas em duplicata com objetiva de 10x e 40x. Outra técnica utilizada foi a de Blagg modificada (centrífugo-sedimentação), onde as amostras foram filtradas em gaze de 8 dobras, colocadas em tubos Falcon e deixadas em repouso por 24 horas. No outro dia, o sobrenadante foi descartado e 10 mL da água foram centrifugados a 2.500 rpm por 5 minutos. Após isso, o sobrenadante foi descartado e uma gota do sedimento foi depositado em lâmina com uma gota de lugol e analisada ao microscópio óptico em objetiva de 10x e 40x em duplicata.

Resultados e Conclusão

Foram analisadas seis lâminas, das quais todas continham estruturas parasitárias, sendo visualizadas larvas de ancilostomídeos e de outros nematódeos, o que corrobora com os estudos feitos por Novaes (2019) e Neves et al. (2015), onde também foram encontradas larvas de nematódeos em água de bebedouros de instituições de ensino. Além disso, foram observados sujidades provavelmente decorrentes da má higienização dos filtros. Com tais resultados, conclui-se que há presença de estruturas parasitárias e é extremamente importante a conscientização dos responsáveis pelo local sobre a manutenção dos filtros.

Palavras-chave

Nematódeos; Crianças; Veiculação hídrica; Saúde pública.

Área

Eixo 01 | Ambiente e saúde

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Thammy Vieira Oliveira, Tatiane de Oliveira Moura, Clara Ramalho Queiroz, Sarah Oliveira Souza, Vanessa Paulino da Cruz Vieira