Dados do Trabalho
Título
SÍFILIS CONGÊNITA EM ASSOCIAÇÃO COM EPIDERMÓLISE BOLHOSA: RELATO DE CASO
Objetivos(s)
Relatar um caso de sífilis congênita (SC) associado à epidermólise bolhosa (EB), com evolução para sepse e óbito.
Relato do Caso
Recém nascido (RN) do sexo masculino, 5 dias de vida, peso de 2.585g e comprimento de 49cm, foi admitido na Unidade Neonatal da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA). Ao exame físico: eupneico, hidratado, acianótico e anictérico com múltiplas lesões bolhosas disseminadas em face, mucosa oral, pavilhões auriculares, tórax e membros, sobretudo palmas e plantas; ausculta cardíaca sem alterações, hepatoesplenomegalia volumosa, fácies de dor, choroso, reflexos primitivos prejudicados. Foi introduzido antibiótico de largo espectro endovenoso. No 2º dia de internação VDRL de 1:32 sendo introduzido Penicilina G Cristalina. A biópsia das lesões dérmicas foi compatível com epidermólise bolhosa (EB). O RN Evoluiu com palidez extrema, hemorragia e rinorréia piossanguinolenta, indo a óbito no 26º dia de vida.
Conclusão
A associação de Sífilis congênita (SC) e epidermólise bolhosa (EB) não é comum. As lesões dérmicas na SC geralmente se restringem à palma das mãos e planta dos pés, o que não ocorreu no caso descrito. A biópsia foi fundamental para definir o diagnóstico de EB, assim como o VDRL, para o diagnóstico de sífilis no binômio mãe/filho. Considerando que em 60% dos casos os bebês com SC são assintomáticos, a presença de lesões bolhosas deve chamar a atenção para o diagnóstico diferencial e tratamento precoce.
Área
Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
MÁRCIA DE FÁTIMA MACIEL DE ROJAS, Elizama Raquel De Souza Silva, Natalia Kiss Nogueira Da Silva, Renata Cunha Silva