Dados do Trabalho

Título

O conhecimento de agentes de endemias de Campo Grande – MS, a respeito das leishmanioses, após utilização de ferramenta de educação permanente

Objetivo (s)

Descrever o conhecimento dos agentes de endemias de Campo Grande – MS a respeito das leishmanioses, após utilização de ferramenta de educação permanente, sob o método de gamificação.

Material e Métodos

Houve a autorização do Comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer CAAE: 37681120.5.0000.5161.O percurso metodológico fundamentou-se em investigar as variáveis socioeconômicas dos agentes de endemias de Campo Grande – MS, assim como o nível de conhecimento inicial a respeito das leishmanioses. A partir dos resultados apontados, o jogo de tabuleiro foi criado e aplicado em reuniões fragmentadas por equipes distritais, por alunos do curso de medicina, capacitados previamente.

Resultados e Conclusão

Foram entrevistados 280 agentes de endemias (ACE), d as regiões urbanas do município; quanto ao tipo de casa, piso e parede ideais para a proliferação do vetor, houve maior acerto após a aplicação do jogo; sobre a relação do peridomicílio, animais envolvidos na transmissão, houve acerto de 100% e conhecimento excelente, porém 6% confundiu o vetor com Aedes Aegypti, o que foi corrigido após o jogo; A respeito da estação de maior transmissão, apenas 64,9% respondeu corretamente e 21% informou que não sabia e, após a aplicação, apenas 10% assim considerou; Quanto às ações recomendáveis à população e principais sintomas de alerta em casos humanos, este grupo de agentes demonstrou acerto entorno de 80%; sobre os sinais dos animais, poucos conheciam a respeito da onicogrifose, inapetência, hemorragia gengival e melena e, após o jogo, 91,4% acertaram as respostas; A respeito do veículo de comunicação, apenas 13,9% se considera um multiplicador desta temática. Diante de um caso suspeito, 92,8% indicaria uma instituição de saúde mais próxima de sua residência; Sobre o conceito de Saúde Única e quais profissionais poderiam compor uma equipe de trabalho, 42% desconhecia, e apenas 40% sabia que as leishmanioses são consideradas endêmicas no referido município, após a utilização do jogo essas respostas modificaram para 16,4% e 73,6%, respectivamente. Dos ACE’s pesquisados, 96,1% considera que as ações voltadas ao meio ambiente influenciam os indicadores de leishmaniose; Conclui-se que, além da transformação das informações em conhecimento, o jogo de tabuleiro promove interação social e o senso de participação ativa no processo.

Palavras-chave

Leishamnioses; Educação em saúde; Saúde Pública

Agradecimentos

UNIDERP, FIOCRUZ, Fundect, UFMS, SESAU (Campo Grande)