Dados do Trabalho


Título

Avaliação do perfil epidemiológico dos casos de sífilis em gestantes no período de 2017 a 2021 no estado de Minas Gerais, Brasil

Introdução

A sífilis gestacional é um grave problema de saúde pública. Em 2020, a taxa de detecção de sífilis em gestantes foi de 21,6/1.000 nascidos vivos no Brasil. A ação para a diminuição dos casos é a realização do pré-natal de qualidade.

Objetivo (s)

Avaliar o perfil epidemiológico dos casos confirmados de sífilis gestacional no período de 2017 a 2021 no estado de Minas Gerais.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo por meio de dados epidemiológicos, de acesso público, via Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que está vinculado ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Os dados foram coletados por meio do acesso ao banco de dados do SINAN/DATASUS/TABNET, através do “tópico” de “Epidemiológicas e Morbidade”, em que foi selecionado “Doenças e Agravos de Notificação - 2007 em diante” e posteriormente “Sífilis em Gestante” e “Minas Gerais”. Os dados utilizados foram referentes ao período de 2017 a 2021 e as variáveis analisadas foram: número de casos, ano de diagnóstico, macrorregião de saúde de notificação, raça, faixa etária, nível de escolaridade e classificação do estágio clínico da doença ao diagnóstico. Foi utilizado o programa Microsoft Excel 2010 como ferramenta de tabulação e análise estatística dos dados, os quais foram distribuídos em figuras e gráficos que permitiram melhor compreensão e visualização das informações.
A pesquisa foi desenvolvida a partir de dados secundários não nominais e de informações públicas, o que dispensou a apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados e Conclusão

No período estudado, foram contabilizados 19.457 casos confirmados de sífilis gestacional, com aumento dos casos no ano de 2018 (28,09%) e queda acentuada em 2021 (9,14%). A maioria dos casos foi na macrorregião central do estado (37,80%), em mulheres de raça parda (53,60%) e faixa etária dos 20-39 anos (73,67%). A variável escolaridade foi ignorada no maior número das notificações (33,73%). Além disso, os casos mais prevalentes foram diagnosticados na fase primária da doença (32,76%). Conclui-se que a sífilis em gestantes permanece prevalente no estado de Minas Gerais e que a subnotificação continua sendo um fator desafiador para a análise epidemiológica, o que pode dificultar as ações de prevenção e combate à doença.

Palavras-chave

Epidemiologia, Cuidado Pré-Natal, Sífilis.

Área

Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Júlia Neiva de Melo Franco Oliveira, Aline Gonçalves Lima