Dados do Trabalho


Título

DISTRIBUIÇÃO DOS ÓBITOS POR ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL, 2013 A 2022

Introdução

No Brasil, estima-se que 1,5 milhões de pessoas vivem em áreas sob o risco de contrair a Esquistossomose. As formas graves da esquistossomose, quando diagnosticadas tardiamente, geralmente geram alto custo devido à necessidade de hospitalização prolongada das pessoas infectadas, que apesar do tratamento, podem evoluir para óbito.

Objetivo (s)

Descrever o perfil dos óbitos por Esquistossomose Mansoni no Brasil entre 2013 e 2022.

Material e Métodos

Estudo descritivo dos óbitos por Esquistossomose no Brasil de 2013 a 2022. Utilizou-se dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Para o cálculo da taxa de mortalidade (TM) foi utilizado o número de óbitos por esquistossomose/população do Brasil no ano x 100.000 habitantes. Os dados foram analisados através do software R Studio 4.1.3. Este estudo é uma ação de Vigilância respaldada pela Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990.

Resultados e Conclusão

No Brasil 4.732 pessoas morreram por esquistossomose entre 2013 e 2022, com uma média anual de 473 óbitos. Entre 2013 e 2017 a taxa de mortalidade teve uma média de 0,24/100.000 hab., enquanto entre 2018 e 2022 a média foi de 0,21/100.000 hab. Pôde-se observar que ao longo do tempo as taxas permaneceram estáveis, porém, no período da emergência da covid-19, houve uma redução desses valores, em 2020 a TM foi de (0,23/100.000 hab.), 2021 (0,19/100.000 hab.) e 2022 (0,17/100.000 hab.). A maioria dos óbitos era do sexo masculino (n=2.447/51,7%), faixa etária de 60 a 69 anos (n=1.333/28,2%), raça cor parda (n=2.633/58,6%), escolaridade de 1 a 3 anos (n=1.376/31,5%) e residiam na região Nordeste (n=3.075/64,9%) e Sudeste (n=1.526/32,2%). Os Estados que mais se destacaram no número de óbitos foram Pernambuco (n=1.490/31,5%), Minas Gerais (n=752/15,9%) e Bahia (n=596/12,6%). As taxas de mortalidade por esquistossomose no Brasil nos últimos 10 anos apresentaram estabilidade. O número absoluto de óbitos ainda é elevado para uma doença com diagnóstico e tratamento disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde. Os números mais elevados nas regiões Nordeste e Sudeste demonstram que mesmo ao longo dos anos, esses locais continuam ocupando os primeiros lugares no ranking nacional. Um longo caminho ainda deve ser percorrido para atingir a meta de eliminação da doença enquanto um problema de saúde pública no país. Recomenda-se que ações de vigilância sejam constantemente aperfeiçoadas para qualificar os indicadores de mortalidade.

Palavras-chave

Esquistossomose mansoni, Mortalidade

Agradecimentos

Ministério da Saúde

Área

Eixo 07 | Helmintíases

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Thayna Karoline Sousa Silva, Sandra Maria Barbosa Durães, Gustavo Laine Araújo Oliveira, Sergio Murilo Coelho Andrade