Dados do Trabalho

Título

Perfil das internações por hanseníase na macroregião de saúde leste no ano de 2022

Introdução

A macrorregião é composta por 29 municípios, com população estimada em 5,7 milhões de habitantes, 38% da população total da Bahia. A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Ela afeta principalmente a pele, os nervos periféricos e as mucosas do trato respiratório superior. Os sintomas podem incluir manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, dormência ou formigamento nas extremidades, perda de força muscular e deformidades. A hanseníase pode levar a hospitalizações em casos graves ou quando há a presença de complicações, como infecções secundárias ou lesões oculares.

Objetivo (s)

Analisar o perfil das internações por hanseníase na microrregião de saúde leste em 2022

Material e Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, transversal e retrospectivo, elaborado a partir de uma detalhada coleta e análise de dados através do Sistema de Informacações Hospitalares (SIH), módulo Morbidade Hospitalar do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (SIH – SUS – DATASUS). Utilizamos os dados sobre as internações hospitalares motivadas pela hanseníase, as variáveis (número de internações, faixa etária, sexo, cor/raça e média de permanência) foram analisadas de forma descritiva quantitativa por meio de frequência absoluta e relativa.

Resultados e Conclusão

Em 2022 foram internados na macroregião de saúde leste102 pacientes, correspondendo 69% do total de internações no período. Quanto à faixa etária, 9 hospitalizações ocorreram entre 0 e 19 anos (9%), 74 hospitalizações entre 20 e 59 anos (72%), 19 hospitalizações entre 60 anos ou mais (19%). A maioria dos pacientes foram do sexo masculino (61%) em relação ao feminino (39%). As pessoas de cor parda foram maioria nas hospitalizações (53%), seguida das pretas (19%), amarelas (11%) e brancas (2%). Alguns registros não tinham a informação da cor (15%) e nenhuma hospitalização de povos originários foi registrada. As hospitalizações duraram em média 10,5 dias. A hospitalização é necessária para tratar as deformidades ou complicações neurológicas da doença. Além disso, pode ser indicada para isolar pacientes em estágio contagioso, com o objetivo de evitar a disseminação da doença. Ressaltamos a importância dos leitos de retaguarda, inclusive pediátricos, para atender esses pacientes.

Palavras-chave

Hanseníase; Hospitalização; Bahia