Dados do Trabalho


Título

Detecção de rotavírus e coronavírus em animais sinantrópicos urbanos e rurais no Estado de São Paulo

Introdução

Roedores e morcegos são considerados animais sinantrópicos pois coabitam áreas habitadas pelo homem, além disso são considerados importantes sentinelas, reservatórios e participantes na transmissão direta ou indiretamente de patógenos e vírus de importância a Saúde Pública, como por exemplo o rotavírus e o coronavírus.

Objetivo (s)

Portanto, considerou-se necessário o entendimento da epidemiologia do rotavírus e coronavírus em animais sinantrópicos (roedores e morcegos), além dos mecanismos de evolução e das possíveis transmissões nessas espécies.

Material e Métodos

Para isso, utilizaram-se 108 amostras fecais de roedores urbanos (Rattus rattus e R. norvergicus) provenientes do Serviço de Desratização no município de São Paulo - SP, e 220 amostras de pool de órgãos de morcegos do Serviço de Vigilância e Controle da Raiva (Instituto Pasteur - SP), submetendo-as a reação de transcrição reversa (RT) e reação em cadeia pela polimerase (PCR) para a detecção de rotavírus (A e B) e coronavírus. As amostras foram analisadas pelo gene da beta-actina como controle endógeno, e triadas aos genes NSP5 e VP1 para rotavirus A e B, respectivamente, e ao gene ORF1b para o coronavirus.

Resultados e Conclusão

Todas as amostras de roedores foram negativas aos vírus analisados, já para os morcegos foi possível a detecção de 5,45% (12/220) para rotavírus A (RVA - NSP5) e 14,55% (32/220 - ORF1b) para coronavírus. A análise destes dados permite inferir a circulação, mesmo que baixa, destes agentes virais no Estado de São Paulo, deixando em evidência a necessidade de aprimoramento e/ou atualização os métodos diagnósticos para que se possa detectar, confirmar e caracterizar estes diferentes vírus. Assim como a necessidade de se realizar um sistema de vigilância de animais sinantrópicos de forma contínua e ininterrupta, devido a quantidade de agentes zoonóticos que estes animais são capazes de carrear e disseminar entre outras espécies (animais e ou humana), visto a emergência do SARS-CoV-2 de uma espécie de morcego. Além da possibilidade de unir sinergicamente instituições de pesquisa com serviços oficiais de monitoramento da fauna sinantrópica é de extrema importância, visando aproveitamento de amostras oficiais e o compartilhamento de conhecimentos e experiências, concretizando ainda mais o conceito de Saúde Única.

Palavras-chave

Rato. Quiróptero. Saúde Pública. Vírus. Diagnóstico. Saúde Única.

Agradecimentos

CAPES

Área

Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Mara Lúcia Gravinatti1, Gladyston Carlos Vasconcelos Costa3, Keila Iamamoto Nogi, Karin Scheffer Ferreira, Paulo Eduardo Brandão, Fabio Gregori