Dados do Trabalho


Título

Georreferenciamento dos dados epidemiológicos de dengue do estado do Ceará entre os anos 2018 e 2022

Objetivo (s)

Distribuir territorialmente os indicadores de incidência e óbito por dengue nos municípios do estado do Ceará entre 2018 e 2022.

Material e Métodos

Trata-se de estudo epidemiológico descritivo espacial, a partir dos dados de incidência e óbitos, provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Online (2017 a 2020) e boletins epidemiológicos. Os mapas foram elaborados no software QGIS (Versão 3.18.1)

Resultados e Conclusão

No ano de 2018 foram registrados 4.262 casos prováveis de dengue no estado do Ceará. As maiores taxas de incidência (TI) foram registradas em dois municípios vizinhos localizados na 8ª região de saúde, no centro do estado. Fortaleza registrou 1.458 casos prováveis, com TI de 55,2 e quatro óbitos. O ano de 2018 destaca-se entre o período estudado, com TI abaixo de 100,00 em 171 dos 184 municípios. Eme 2019 os casos prováveis quase quadruplicaram em relação ao ano anterior, em função da reintrodução do sorotipo DENV2 em Fortaleza. O município de Palhano registrou 797 casos de dengue numa população de 9.386 habitantes (maior TI 8491,4), o que corresponde a 8,49% da sua população acometida pela dengue naquele ano. Outros nove municípios registraram TI superiores a 1.000. A capital registrou 3.958 casos prováveis de dengue, com TI de 148,3. A maior incidência no ano de 2020 foi no Município de Granjeiro 3034,68, na mesorregião sul. Oito municípios registraram TI superiores a 1000,0. A TI em Fortaleza foi de 356,42. A incidência acumulada no ano no estado foi de 298,1. Seis municípios registraram óbitos. As maiores TI foram registradas na Região Metropolitana do Cariri (RMC), na mesorregião sul do estado. Três óbitos foram registrados em três municípios da região. No ano de 2021, a TI do estado foi de 388,4 casos para cada 100 mil habitantes. Dezesseis municípios com populações variando entre 7.904 e 61.590 habitantes apresentaram TI acima de 1000,0. Quanto aos óbitos, o estado registrou 21, sendo cinco em Fortaleza. Em 2022, o estado do Ceará registrou 42.811 casos prováveis de dengue, variação de 19,3% em relação ao ano anterior, e incidência de 463,3/100mil hab. Dezoito municípios com TI acima de 1000,0 e Fortaleza com TI de 691,7 além de cinco dos 21 óbitos registrados no estado. São necessários estudos dos determinantes da doença no território para melhor compreensão da dinâmica de transmissão e direcionamento de ações de controle. Sugerimos estudos de mobilidade urbana e estratificação de risco intramunicipal.

Palavras-chave

Dengue, georreferenciamento, Ceará,

Área

Eixo 08 | Arboviroses

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Aline Machado Rapello do Nascimento, João Lucas Mendonça Dilly Alves