Dados do Trabalho


Título

NO ESTADO DO PARÁ CINCO MUNICÍPIOS NOTIFICARAM A MAIORIA DOS CASOS DE MALÁRIA OCORRIDOS NOS ANOS DE 2021 E 2022

Introdução

Nas últimas três décadas, houve considerável redução tanto no número de casos quanto na área geográfica onde há transmissão ativa de malária na Amazônia brasileira. Nessas áreas, a transmissão ocorre de forma instável e focal, com grande variação quanto a classificação de risco que varia de muito baixo a alto. Considerando que a Organização Mundial da Saúde tem como meta reduzir e/ou eliminar a transmissão da malária no Brasil nas próximas décadas, faz-se necessário identificar as áreas que constituem importantes hotspots de transmissão no estado do Pará.

Objetivo (s)

Analisar no período de dois anos (2021 e 2022) a situação da malária nos cinco municípios do estado do Pará que, continuamente, notificam casos de malária; Jacareacanca, Itaituba, Anajás, Oeiras do Pará e Pacajá.

Material e Métodos

Foram coletadas informações referentes aos resultados dos exames para a pesquisa de Plasmodium spp por microscopia, disponibilizados no sistema de vigilância epidemiológica da malária do Ministério da Saúde/SIVEP-malária. Analisou-se a proporção de casos em comparação com os dados de todo o estado do Pará, a distribuição do número de casos por município e por ano e a porcentagem de casos causados por P. vivax, nos anos 2021 e 2022.

Resultados e Conclusão

A análise dos dados mostrou que no estado do Pará a maioria dos casos de malária teve como local de infecção apenas cinco municípios, que nos anos de 2021 e 2022 notificaram 72,3% (14.678/20.295) e 75,4% (17.875/23.716), respectivamente, do total de casos registrados em todo o estado do Pará. Nesses dois anos, os cinco municípios registraram no total 32.551 casos, assim distribuídos, em Jacareacanca (16.089), Itaituba (9.288), Anajás (6.937 casos), Oeiras do Pará (150) e Pacajá (87). Em 2022, houve aumento de 64,5% e 9,3% nos casos notificados em Anajás e Jacareacanga, respectivamente. Enquanto que nos demais houve diminuição. Quanto ao índice parasitário anual, a variação foi de 0,1 (Oeiras do Pará, em 2022) a 383,1 (Jacareacanga, em 2022). Nesses hotspots de transmissão, P. vivax foi a espécie infectante mais prevalente, em 2021 e 2022 causou 83,3% e 91,0% das infecções.

No estado do Pará, a transmissão da malária continua concentrada em determinadas áreas, e nos anos de 2021 e 2022 apenas cinco municípios notificaram cerca de 70% dos casos, portanto, devem ser intensificadas as ações de vigilância epidemiológica da malária.

Palavras-chave

Malária, Epidemiologia, Estado do Pará, Vigilância epidemiológica da malária

Agradecimentos

Universidade Federal do Pará e Secretaria de Estado de Saúde Pública

Área

Eixo 06 | Protozooses

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Carla Gisele Ribeiro Garcia, Beatriz Costa Ribeiro, Lilian Jéssica Passos Lima, Jameson Diego Pereira Barros, João Ricardo Guerreiro Duarte, Marinete Marins Póvoa, Maristela Gomes Cunha