Dados do Trabalho
Título
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO SARS-COV-2 E CODETECÇÃO COM OUTROS VÍRUS RESPIRATÓRIOS NA POPULAÇÃO INFANTIL DO ESTADO DE RONDÔNIA, AMAZÔNIA OCIDENTAL BRASILEIRA.
Introdução
A evolução do SARS-CoV-2 ainda é preocupante, especialmente na população infantil, onde os dados são subestimados e a cobertura vacinal é baixa.
Objetivo (s)
Realizar uma investigação epidemiológica do SARS-CoV-2 e codetecção com outros vírus respiratórios na população infantil do Estado de Rondônia.
Material e Métodos
Foram analisados 364 indivíduos, entre 0,1 mês a 17 anos de idade, selecionados em unidades de saúde de municípios do Estado de Rondônia, no período de junho de 2021 a setembro de 2022. Foram coletados dados de prontuários médicos e eletrônicos para caracterização epidemiológica. A coorte positiva para SARS-CoV-2 foi quantificada por RT-qPCR em tempo real e, posteriormente, foram avaliadas para 16 tipos de vírus respiratórios: Adenovírus; Bocavírus; Rinovírus; HCoV-229E; HCoV-HKU1; HCoV-NL63; HCoV-OC43; Metapneumovírus; Vírus Sincicial Respiratório A e B; Parainfluenza 1,2,3; Influenza A (H1N1, H3N2) e Influenza B. Espécimes positivas para SARS-CoV-2 foram sequenciadas por sequenciamento de nova geração (NGS). As cepas foram classificadas usando o sistema Pango, e o método de máxima verossimilhança (ML) para a análise filogenética.
Resultados e Conclusão
A coorte positiva para SARS-CoV-2 representou 26,4% (96/364). Observou-se uma prevalência para o sexo masculino, com 65,6% (63/96). Indivíduos entre 10 a 14 anos apresentaram a maior taxa de positividade, com 30.2% (29/96). Constatou-se codetecção viral em 5,2% (5/96) da coorte, sendo 2,1% (2/96) com Influenza A (H3N2); 1,0% (1/96) com Rinovírus; 1,0% (1/96) com Adenovírus e 1,0% (1/96) com Metapneumovírus e Rinovírus. Desses casos, 60% (3/5) foram diagnosticados com pneumonia e bronquiolite. As crianças não imunizadas com nenhuma dose da vacina da COVID-19 apresentaram a maior taxa de casos, com 68,7% (66/96). Foram sequenciadas 82,3% da coorte positiva (79/96) por NGS. Observou-se que a variante Delta foi a mais frequente com 39,2% (31/79), seguida pela Omicron com 32,91% (26/79), que apresentou o maior número de subvariantes. A carga viral apresentou uma mediana de 7,26 log10 cópias/mL, com uma média de 4 dias de sintomas. Indivíduos não vacinados apresentaram maiores taxas de infecção por SARS-CoV-2. As variantes Delta e Omicron foram associadas a maior parte dos casos, com um aumento de subvariantes observados no período do estudo. Parte significativa dos pacientes que apresentaram codetecção viral apresentaram sintomas mais graves. No entanto, o tema requer mais estudos.
Palavras-chave
SARS-CoV-2, COVID-19, Codetecção viral, População infantil
Agradecimentos
FAPERO, EPIAMO
Área
Eixo 09 | COVID-19
Categoria
Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Mestrado
Autores
Gil Guibson Mota Amaral, Gabriella Sgorlon Oliveira, Valcimar Batista Ferreira, Deusilene Vieira Dall’ Acqua, Mirleide Cordeiro dos Santos, Luana da Silva Soares, Rayssa Layna da Silva Bedran, Felipe Gomes Naveca, Flávia Serrano Batista, Najla Benevides Matos