Dados do Trabalho


Título

Acompanhamento de casos de hanseníase em uma Região de Saúde da Bahia, Brasil, coortes de 2017 a 2022

Introdução

O boletim de acompanhamento dos casos de hanseníase é um instrumento para monitorar a periodicidade do tratamento e é útil para a avaliação da efetividade e qualidade do cuidado em saúde.

Objetivo (s)

Analisar a qualidade dos registros no Boletim de Acompanhamento de Hanseníase, na Base Regional de Saúde de Feira de Santana, Bahia, Brasil.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo transversal e descritivo com base em dados do módulo de acompanhamento de hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), coortes de 2017 a 2022. Foram avaliados os seguinte campos: bairro atual, classificação operacional e esquema terapêutico atual, número de doses supervisionadas, episódio reacional, data de mudança do esquema e avaliação de Grau de Incapacidade Física (GIF) na cura.

Resultados e Conclusão

Foram registrados 499 notificações de hanseníase nas coortes avaliadas. O ano de 2019 com maior número de casos (n=106) e 2022 o menor índice (n=61). Quanto a informação sobre bairro atual a coorte de 2018 registra 9,4% (n=10) de ausência de preenchimento e 2017 com menor índice, 3,4% (n=03). Em relação a classificação operacional e esquema atual, os registros de dados foram de 100%. Com relação ao número de doses supervisionadas avaliou-se somente casos de alta por cura (n=418). Casos Paucibacilares (n=118), em 2018, apenas 85,7% (n=21) de pacientes receberam 6 doses supervisionadas e 2019 com maior índice, 95,8% (n=23). Nos tratamentos Multibacilares, coorte de 2022, 90,6% (n= 29) dos paciente receberam no mínimo 12 doses supervisionadas, seguido do ano de 2019 com 91,2% (n=62). Quanto ao episódio reacional durante o tratamento, a coorte de 2019 teve o pior índice, com 10,4% de ausência de registo. Nas coortes avaliadas, 46 pacientes mudaram de esquemas terapêuticos, entretanto, na coorte de 2018, 100% (n=5) dos casos não tem registro da data de mudança do esquema, seguido da coorte de 2022 com 50% (n=4). Quanto a avaliação do GIF no momento da cura, 11,5% (n=11) não têm informação registrada no ano de 2019, contudo, em 2022 100% dos paciente tiveram o GIF avaliadas. Considerando que a ausência de dados sobre o tratamento da hanseníase impossibilita subsidiar ações de busca ativa de faltosos, certificação de cumprimento da poliquimioteraterapia e monitoramento dos indicadores operacionais da doença, se faz necessário esforço no fortalecimento das ações de registros de dados para estabelecer o real perfil de assistência e promoção à saúde.

Palavras-chave

Hanseníase; Acompanhamento; Tratamento.

Área

Eixo 13 | Tuberculose e Outras Micobactérias

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Saionara Santana Jesus, Manuela Lothhammer Wrasse