Dados do Trabalho
Título
Óbito Infantil e Fetal na Região de Saúde de Juazeiro, Bahia
Introdução
Conforme o que afirma o Ministério da Saúde (2004), óbito infantil é aquele ocorrido em crianças nascidas vivas desde o momento do nascimento até um ano de idade incompleto, ou seja, 364 dias; já o óbito fetal é considerado a morte de um produto da concepção, antes da expulsão ou da extração do corpo da mãe, com peso ao nascer igual ou superior a 500 gramas.
Objetivo (s)
Realizar levantamento epidemiológico da mortalidade fetal e infantil na Região de Saúde de Juazeiro no Estado da Bahia.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo descritivo, que utilizou dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Foram consultados os óbitos infantis e fetais dos anos de 2018 a 2022, de residentes da Região de Saúde de Juazeiro-BA.
Resultados e Conclusão
Entre 2018 a 2022, ocorreram 1359 óbitos fetais e infantis na região de Saúde de Juazeiro, sendo que destes, 80,94% (n=1100) foram investigados, estando na meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, 50%. Dentre os municípios com maiores percentuais de óbitos, Juazeiro ocupa o primeiro lugar com 47,61% (n=647), em seguida Casa Nova 12,14% (n=165), Remanso 6,99% (n=95) e Sento Sé 6,33% (n=86). Ressalva-se que Juazeiro é o mais populoso dos 10 municípios da região. Quanto ao óbito infantil relacionado a Raça/Cor, foram observados: 63,48% parda; 11,46% branca; 1,35% preta; 0,27% amarela; 0,13% indígena e 23,32% ignorado. Observou o maior número de óbitos no ano de 2020 (22,22%) e menor no ano de 2022 (18,47%) até a data da coleta. Quanto ao tipo de parto 64,09% (n= 871) foram parto vaginal, 30,83% (n=419) parto cesariano. As principais causas dos óbitos foram analisadas separadamente; os óbitos fetais foram: morte fetal de causa não especificada 37,12% (n=229); hipóxia intrauterina 15,07% (n=93); e feto e recém-nascido afetados por complicações, placenta, cordão umbilical 13,61% (n=84). Já os óbitos infantis: transtornos relacionados com a gestação de curta duração e peso baixo ao nascer 8,09% (n=60); desconforto respiratório do recém-nascido 7,68% (n=57); e septicemia bacteriana do recém-nascido 7,28% (n=54). Observa-se a necessidade de intensificar as ações de identificação dos fatores determinantes relacionadas ao óbito, atentando-se para os óbitos por parto vaginal, questões de raça e as causas com maiores incidências na região, além das causas não especificadas, que requerem melhor investigação. Contudo, nota-se a importância da vigilância do óbito nas medidas de prevenção a ocorrência de óbitos evitáveis.
Palavras-chave
Óbito fetal e infantil, epidemiologia, mortalidade
Área
Eixo 14 | Outro
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Eulina Silva Braga, Monique de Jesus Souza, Helder Silveira Coutinho, Jecica dos Santos Xavier, Breno Abreu Souza, Aline Souza de Oliveira Brito, Pedro Alcântara de Souza, Jucinara Viana de Alcântara Coutinho