Dados do Trabalho


Título

Vigilância Laboratorial de dengue no Amapá: investigação laboratorial de casos no ano de 2022

Introdução

As arboviroses são um grave problema de saúde pública no Brasil, impondo grandes desafios para vigilância desde a década de 80 com a emergência do vírus dengue (DENV), do vírus Chikungunya (CHIKV) em 2014 e do vírus Zika (ZIKV) em 2015. Com a pandemia de COVID-19, esse cenário tornou-se ainda mais desafiador, com subnotificações de casos e consequente impacto na vigilância.

Objetivo (s)

Realizar a investigação de pesquisa de arbovírus em casos febris exantemáticos recebidos na Diretoria Executiva de Vigilância Laboratorial – DEVL/SVS/LACEN Amapá (AP) no ano de 2022

Material e Métodos

Suspeitos de infecção aguda por arbovírus (n=547; até 7 dias de doença) recebidos entre janeiro a dezembro de 2022, investigados por métodos sorológico e molecular. Incialmente, os casos foram submetidos ao teste de captura de NS1 de dengue com o kit PanbioTM Dengue Early Elisa (Abbott), após foram submetidos ao RT-qPCR ZDC Biomol (IBPM) para investigação simultânea de ZIKV, DENV e CHIKV em termociclador 7500 Real-Time PCR (Applied Biosystems®). Já os casos suspeitos de infecção por arbovírus (n=914; < 7 dias de doença) foram investigados por métodos sorológico IGM de dengue com o kit PanbioTM Dengue IGM Elisa (Abbott)

Resultados e Conclusão

De uma forma geral, 12,8% (70/547) dos casos investigados foram positivos para NS1 e 26,2% (240/914) para IGM, dos recebidos para NS1 64 foram submetidos ao RT-qPCR ZDC, provenientes de Macapá (n=42), Oiapoque (n=11) e Santana (n=11). Em 53,1% (34/64) o sorotipo de DENV foi identificado, 24 casos de DENV-1 e 4 casos de DENV-4. O estado do Amapá notificou 940 casos suspeitos e confirmou 228 casos de dengue, 112 (49,12%) foram do sexo feminino, sendo 01 gestante e 116 (50,9%) do sexo masculino, os municípios com casos foram: Macapá 173 (75,9%), Oiapoque 26 (11,4%), Santana 17 (7,4%), Porto Grande 8 (3,5%), Serra do Navio 2 (0,9%), Pedra Branca 1 (0,4%) e Amapá 1(0,4%). Diante da similaridade de sinais e sintomas das arboviroses, inclusive com outros agravos, fica evidente a importância do diagnóstico laboratorial, além de sequenciamento genético de casos confirmados, outra observação se deve as diferenças entre dados laboratoriais e notificados que remetem a subnotificação de casos, apesar disso, ficou demonstrada a circulação de DENV-1 em Oiapoque e Santana e a co-circulação de DENV-1 e DENV-4 em Macapá em 2022, os mesmos sorotipos observados desde o ano de 2021.

Palavras-chave

Vigilância, Arbovírus, Diagnostico Laboratorial, Dengue, Amapá

Agradecimentos

DEVL/SVS/AP E ILMD/FIOCRUZ Amazônia

Área

Eixo 08 | Arboviroses

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

DIULIANA DOS SANTOS MENDES, EDCELHA SOARES D’ATHAIDE RIBEIRO, JULIA PANTOJA MARQUES, JOSÉ JOAQUIN CARVAJAL CORTÉS