Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NO ESTADO DO TOCANTINS ENTRE OS ANOS DE 2016-2022.

Introdução

Leishmaniose tegumentar é uma zoonose infecciosa, tendo como agente etiológico o protozoário Leishmania. A transmissão ao homem envolve um vetor, o Lutzomyia longipalpis, conhecido como mosquito-palha e um reservatório, o cão (Canis familiaris), na qual é feito o repasto sanguíneo ao hospedeiro intermediário ou definitivo.Os sintomas característicos são a presença de pústulas recobertas por crosta ou secreção purulenta e lesões inflamatórias nas mucosas. Ressalta-se a importância ecológica para o desenvolvimento do vetor, que envolve ambientes terrestres pobres em luz, ricos em matéria orgânica e com alta de temperatura, favorecendo maiores chances das fêmeas hematófogas realizarem a transmissão. Tais características ecológicas foram detectadas no estado do Tocantins na relação de casos de leishmaniose tegumentar diagnosticados.

Objetivo (s)

Analisar o perfil epidemiológico da leishmaniose tegumentar no estado do Tocantins.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo temporal a partir da análise de dados obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-DATASUS) no estado do Tocantins entre os anos de 2016 a 2022. As variáveis verificadas foram ano, faixa etária e forma clínica da doença. O quantitativo de diagnósticos foi obtido a partir de cálculos de padrão matemáticos de redução e aumento percentual em que o produto obtido foi multiplicado por 100.

Resultados e Conclusão

No período analisado foram detectados 2531 casos em que o ano de 2020 apresentou o maior número de diagnósticos com 488 registros e o período de 2018-2019 com o aumento percentual de 68,2%, sendo o maior da análise. Já entre os anos de 2020 a 2022 verificou-se o declínio percentual em que em 2021-2022 houve uma redução considerável de 29,3% no número de casos. Tal situação se explica com a realização de campanhas contra a leishmaniose tegumentar por meio da Secretaria de Saúde do estado com apoio do Ministério da Saúde. Quanto à situação epidemiológica, ressalta-se que as faixa-etárias de 20 a 64 anos concentram o percentual de 72,18% e em comparação à forma clínica, a apresentação tegumentar concentra 91,18% dos casos em que foi-se possível notar tal concentração clínica na faixa etária de 20-59 anos com 66,11%. Chega-se, portanto, a conclusão que o território referenciado apresenta uma redução endêmica sustentada pela conscientização dos riscos ocasionados pela descoberta de cuidados preventivos com o reservatório da doença.

Palavras-chave

Epidemiologia; Leishmaniose tegumentar; Quantitativo percentual; Tocantins.