Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM UMA MICRORREGIÃO DO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2018-2022
Introdução
Os acidentes por animais peçonhentos representam um importante problema de saúde pública em várias regiões do Brasil. A compreensão dos aspectos epidemiológicos desses casos é fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e controle.
Objetivo (s)
Analisar os aspectos epidemiológicos dos casos de acidentes por animais peçonhentos ocorridos em uma microrregião do estado da Bahia no período 2018 a 2022.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, com abordagem quantitativa e descritiva. Utilizou-se os casos notificados de acidentes por animais peçonhentos período de 2018 à 2022, na microrregião de saúde de Feira de Santana composta por vinte e oito municípios do estado da Bahia. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. (SINAN-NET), foram verificadas as variáveis: casos por ano, sexo, faixa etária, tipo de acidente, classificação do acidente, tempo entre picada e atendimento e evolução do caso. Os dados foram organizados no Microsoft Excel (versão 2013) e foram realizadas análises descritivas e obtidas as medidas de frequência (relativas e absolutas), por se tratar de dados secundários e de domínio público, esta pesquisa não foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Entretanto, serão respeitados os princípios éticos da Resolução 466/2012.
Resultados e Conclusão
No período 2018 a 2022 foram notificados 9.311 acidentes por animais peçonhentos sendo 2022 o ano de maior incidência com 2073 (22,3%) notificações, seguido do ano 2019 com (19,3%). Quanto ao sexo, o feminino teve 4695 (50,4%) casos e o masculino 4.609 (49,5%). Em relação a faixa etária 20-39 anos com (34,8%) seguida de 40 a 59anos com (29%). Os acidentes com escorpiões foram os mais prevalentes com 6494 (69,7%) casos, serpentes com 735 (7,9%), abelhas com 664 (7,1%), aranhas com 635 (6,8%) e lagartas com 84 (0,9%). O tempo entre picada e atendimento na maioria dos casos foi de até 1 hora (41%) seguido do período de 1 a 3 horas (24,9%). Quanto à classificação do acidente, os casos classificados como leve foram 7920 (85%), moderado 441 (4,7%) e grave 55 (0,6%). Cerca de 71,4% dos casos evoluíram para a cura. Os resultados deste estudo revelaram que os acidentes por animais peçonhentos uma incidência crescente ao longo dos anos. Os escorpiões foram os animais mais frequentemente envolvidos nesses acidentes, seguidos por serpentes, abelhas e aranhas. A maioria dos casos foi classificada com de ocorrência leve.
Palavras-chave
Animais peçonhentos; Epidemiologia; Saúde Pública
Área
Eixo 03 | Acidentes por animais peçonhentos
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Hayana Leal Barbosa, Aia Akennaton Araújo Alves, Jaqueliny de Jesus Bezerra, Jessica Andrade Lima Garcia