Dados do Trabalho


Título

VARIAÇÕES DO CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM ADULTOS, ANTES, DURANTE E DEPOIS DO DISTANCIAMENTO SOCIAL DA PANDEMIA DA COVID-19: INQUÉRITO POPULACIONAL MEDIANTE ENTREVISTAS TELEFÔNICAS NAS CAPITAIS DA REGIÃO NORTE DO BRASIL, 2019-2021

Introdução

Os efeitos negativos associados ao distanciamento social poderão ser analisados em curto, médio e longo prazo na saúde individual e coletiva. A pandemia da Covid-19, ocasionou repercussões clínicas e comportamentais nos indivíduos, como o adoencimento mental, mudanças no estilo de vida e consumo de alimentos não saudáveis, como ultraprocessados.

Objetivo (s)

Analisar o consumo de alimentos ultraprocessados em capitais de estados da região Norte, antes, durante e depois do distanciamento social da pandemia do Covid-19.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo transversal de base populacional de acesso público do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico sobre o consumo de alimentos ultraprocessados em adultos entre os anos de 2019 e 2021 nas capitais de Boa vista, Manaus, Macapá, Rio Branco e Porto Velho localizadas na Região Amazônica Ocidental. Para explorar as diferenças nos percentuais de consumo antes, durante e após o distaciamento social, calculou-se a Variação Percentual = ((Novo Valor - Valor Antigo) / Valor Antigo) * 100. Os dados foram tabulados e cálculados em planilha Excel utilizando o aplicativo Microsoft Office Excel 365. As análises estatíticas foram realizadas usando o software Stata 15.0.

Resultados e Conclusão

A variação percentual do consumo dos alimentos ultraprocessados, antes (2019), durante (2020) e depois do distanciamento social (2021) da Covid-19 evidenciou uma redução do consumo de refrigerantes, saiu de 29,3% em 2019 para 26,10% em 2020, já após o distanciamento ocorreu aumento desse consumo, saindo de 26,10% em 2020 para 28,17% em 2021. Referente à bebida achocolatada, não houve diferença do seu consumo entre 2019 e 2020 (11,50% – 11,41%), no entanto, ocorreu redução desse consumo, saindo de 11,41% em 2020 para 10,32% em 2021. O consumo de salsicha, linguiça, mortadela ou presunto, observou um aumento de 23,17% em 2019 para 26,90% em 2020, permanecendo seu alto consumo após o distanciamento social de 26,90% em 2020 para 26,42% em 2021. O consumo de alimentos ultraprocessados apresentou diferença no antes, durante e após o distanciamento social, sendo estes valores mais evidentes no ano de 2021. Vale destacar que a alimentação tem um papel fundamental na recuperação da saúde e torna-se importante reforçar estratégias nutricionais de bons hábitos alimentares saudáveis em âmbito populacional.

Palavras-chave

Covid-19, ultraprocessados, Vigitel

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Gabriella Lima Santos, Elyecleyde Katiane da Silva Oliveira, João Batista Francalino da Rocha, Orivaldo Florêncio de Souza, Aline Bergamini Effgen Sena, Iago Sales Orlandi, Vitória Andrade Rodrigues Moreira, Bianka de Freitas Cordeiro Bassini Tosta, Tamires dos Santos Vieira, Janaína Paula Costa da Silva, Luiz Carlos de Abreu