Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIAS DE MALÁRIA FALCIPARUM EM MUNICÍPIOS DE BAIXA TRANSMISSÃO NO ESTADO DO AMAZONAS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Introdução

Diversos estudos sugeriram que a pandemia de COVID-19 poderia levar a fenômenos epidêmicos de malária. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o número de epidemias de malária por Plasmodium falciparum em municípios de baixa transmissão da doença nos dois primeiros anos da pandemia de COVID-19, 2020 e 2021.

Objetivo (s)

Descrever as epidemias de Malária por Plasmodium falciparum que ocorreram no estado do Amazonas entre os anos de 2020 e 2021

Material e Métodos

Foram incluídos no estudo, municípios do estado do Amazonas que apresentaram Incidência Parasitária Anual (IPA) > 0 e < 10 no ano de 2019, totalizando 23 municípios (Anamã, Autazes, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Boca do Acre, Careiro, Careiro da Várzea, Codajás, Envira, Fonte Boa, Itacoatiara, Juruá, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, São Paulo de Olivença, Silves, Tabatinga, Tonantins e Urucará). Os dados do número de casos de malária falciparum de 2016 e 2021 foram obtidos do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP-Malária) e tabulados por local provável de infecção, por mês e ano, para o cálculo das médias, desvios padrão, limites superiores (Limite Superior = média + 1,96 * desvio padrão) e limites Inferiores (Limite Inferior = média – 1,96 * desvio padrão). Para determinar a duração das epidemias nos referidos anos, foram feitos diagramas de controle para cada município e os meses foram considerados epidêmicos quando o número de casos excedeu o limite superior de controle definido.

Resultados e Conclusão

As epidemias nos municípios foram consideradas curtas (1 a 4 meses epidêmicos durante o ano), médias (5 a 8 meses) e longas (9 a 12 meses). Dentre os municípios avaliados, apenas Boca do Acre apresentou epidemia longa de malária (12 meses epidêmicos), no ano de 2020. Epidemias de média duração ocorreram no município de Juruá em ambos os anos (5 meses), e em 2021 nos municípios de Envira (6 meses epidêmicos) e Boca do Acre (5 meses epidêmicos). Epidemias curtas ocorreram em 3 municípios (Anamã, Beruri e Manacapuru) no ano de 2020 e em 4 municípios (Benjamin Constant, Careiro, Itacoatiara, Tabatinga) no ano de 2021, todos apresentando 1 mês epidêmico no respectivo ano. Os demais municípios não apresentaram meses epidêmicos no período analisado. Os resultados apresentados visam contribuir para análises atuais e futuras no que se refere à influência da pandemia de COVID-19 no controle e vigilância da malária falciparum no estado do Amazonas.

Palavras-chave

Plasmodium falciparum, Epidemiologia, Vigilância

Agradecimentos

FAPEAM