Dados do Trabalho


Título

Mortalidade materna na macrorregião Norte da Bahia

Introdução

Conforme o Ministério da Saúde (2009), a mortalidade materna é uma das graves violações dos direitos humanos das mulheres, por ser evitável em 92% dos casos, além de ocorrer majoritariamente nos países em desenvolvimento. A Morte Materna é a morte da mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, causada por qualquer fator relacionado a gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, com exceção das mortes por causas acidentais e incidentais. (BRASIL, 2009).

Objetivo (s)

Realizar levantamento epidemiológico da mortalidade materna na macrorregião Norte da Bahia.

Material e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, em que utilizou-se dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Foram consultados os óbitos maternos dos anos de 2018 a 2022, de residentes da macrorregião Norte da Bahia.

Resultados e Conclusão

Entre 2018 a 2022, ocorreram 59 óbitos maternos na macrorregião Norte, sendo que destes, 81,35% (n=48) foram investigados, estando assim abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde que é de 100%. Os 4 municípios com maiores percentuais de óbito materno foram: Juazeiro 23,73% (n=14), Campo Formoso 11.86% (n=7), Jaguarari 8,47% (n=5) e Paulo Afonso 8,47% (n=5), concentrando 52,53% do total de óbitos da macrorregião composta por 28 municípios. As principais causas básicas foram: outras doenças da mãe, classificadas em outra parte, mas que complicam a gravidez o parto e o puerpério 23,73% (n=14); doenças infecciosas e parasitárias maternas classificáveis em outra parte mas que compliquem a gravidez, o parto e o puerpério 18,64% (n=11); eclampsia 11,86% (n=7); e hipertensão gestacional com proteinúria significativa 6,78% (n=4). Dentre 5 anos analisados, observa-se maiores índices de mortalidade materna nos anos de 2021 (30,5%) e 2020 (23,7%), onde a causa básica de maior prevalência foi doenças infecciosas e parasitárias maternas classificáveis em outra parte mas que compliquem a gravidez, parto e puerpério. Ressalva-se o advento da pandemia de COVID 19 nesse período. Contudo, nota-se o papel da investigação de óbito, do planejamento familiar, da assistência adequada ao pré-natal, do cuidado eficaz em alto risco e assistência à saúde em geral, prevenindo comorbidades e agravos, além das repercussões da garantia do direito a saúde sexual e reprodutiva. Observa-se também o sucesso da imunização contra o coronavírus na redução dos casos de mortalidade.

Palavras-chave

Mortalidade materna, Vigilância do óbito, Epidemiologia

Área

Eixo 14 | Outro

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Eulina Silva Braga, Monique de Jesus Souza, Jecica dos Santos Xavier, Helder Silveira Coutinho, Breno Abreu Souza, Aline Souza de Oliveira Brito, Pedro Alcântara de Souza, Jucinara Viana de Alcântara Coutinho