Dados do Trabalho


Título

Evolução dos indicadores epidemiológicos de Hanseníase no Tocantins em um recorte temporal de 10 anos

Introdução

A hanseníase é uma doença crônica e infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Segundo o Ministério da Saúde, o estado do Tocantins apresentou em 2012 o segundo lugar no ranking brasileiro de estados com maiores coeficientes de detecção de hanseníase por 100 mil habitantes

Objetivo (s)

Dada a necessidade de estudos sistemáticos sobre os indicadores da hanseníase no estado do Tocantins, o objetivo desta pesquisa é descrever a evolução dos indicadores epidemiológicos de Hanseníase no estado do Tocantins entre os anos de 2012 a 2021.

Material e Métodos

Pesquisa epidemiológica, descritiva em que utilizou-se o Sistema de Agravos e Notificações (SINAN) para coletar dados sobre a população estimada do Estado do Tocantins e os casos notificados de Hanseníase entre os anos de 2012 a 2021. Com os resultados da busca, utilizou-se o cálculo padrão de incidência para calcular a incidência da patologia no estado do Tocantins, para o cálculo, dividiu-se o número total de casos em cada ano pela população estimada para por fim multiplicar por 100.000 (cem mil).

Resultados e Conclusão

Entre os anos de 2012 a 2021, a hanseníase apresentou uma média de 94,3 casos por 100 mil habitantes, classificando-se como uma doença de baixa incidência no estado do Tocantins. Entretanto, ao realizar um recorte dos números de casos por ano do estado, evidencia-se que entre os anos de 2016 a 2019, a patologia apresentou alta incidência, prevalecendo entre 141,77 a 109,08 casos por 100 mil habitantes. O ano de 2018 corresponde a um dos anos em que o estado mais apresentou casos, totalizando 2.205 casos ao todo, seguidos de 2019 com 124,16, 2016 com 113,11, 2017 com 109,08, 2012 com 85,89, 2013 com 74,68, 2020 com 71,30 e 2021 com 67 casos por 100 mil habitantes. Observa-se também que entre os anos de 2020 em diante o quantitativo caiu drasticamente em comparação aos quatro anos anteriores.Chega-se portanto a conclusão de que a hanseníase apresenta baixa incidência nos anos estudados, apresentado-se ainda com média incidência ao refletir-se entre os anos de 2016 a 2019. A desestigmatização da patologia através de ações de educação em saúde é indispensável para promover a quebra de tabus, promovendo portanto a qualidade de vida dos pacientes com hanseníase, através da alta aderência ao tratamento, diminuindo portanto os indicadores da doença no estado.

Palavras-chave

Hanseníase. Epidemiologia. Incidência. Tocantins.

Área

Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Cianny Rodrigues Silva Ximenes, Marcia Guelma Santos Belfort, Dennis Gonçalves Novais, Gizelly Maria Torres Martins, Hemengella Karyne Alves Oliveira, Maria Vitória dos Santos Alves, Danyela da Silva Brito, Clara Kallyne Oliveira Silva, Ana Karoline Lima Silva, Vanessa de Oliveira Albuquerque, Hanari Santos Almeida Tavares