Dados do Trabalho

Título

CORRELAÇÃO ENTRE A EMERGÊNCIA DO NÚMERO DE CASOS DE DOENÇAS TROPICAIS E A COBERTURA DE SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL

Introdução

As doenças tropicais trazem uma grande problemática de saúde pública no Brasil e muitas delas estão diretamente relacionadas à falta de saneamento básico adequado que envolve os determinantes sociais do processo saúde-doença, em geral. Nesse sentido, a ausência de tratamento de água e esgoto eleva o número de casos de infecções parasitárias. Dessa forma, as doenças apresentadas neste estudo são: esquistossomose, diarreia e dengue, uma vez que estão ligadas a essa problemática.

Objetivo (s)

Averiguar os índices de saneamento básico nas macrorregiões do Brasil e investigar a correlação entre a cobertura de saneamento básico e as doenças supracitadas.

Material e Métodos

Foram coletados dados do Ministério da Saúde (DataSUS) sobre o número de casos de esquistossomose, diarreia e dengue no entre 2010 e 2021. Dados do IBGE sobre a cobertura de saneamento básico no país, comparando os dados das macrorregiões brasileiras. Foi realizada uma análise estatística utilizando o programa JAMOVI versão 2.3.31, avaliando o impacto da cobertura do saneamento e o número de casos no período avaliado.

Resultados e Conclusão

Correlacionando a cobertura de saneamento básico e a incidência de doenças tropicais no Brasil, a região sul apresenta os menores números de casos, enquanto a região nordeste apresenta as maiores incidências. Nesse sentido, constatou-se que a região nordeste apresenta cobertura de saneamento baixa - 80,5% em 2010 e 69,8% em 2021 - e o maior número de casos de esquistossomose, diarreia e dengue - para cada 100 mil habitantes, em 2010, 0,28 casos de esquistossomose, 454,89 casos de diarreia e 68,82 casos de dengue e, em 2021, 0,11 casos de esquistossomose, 91,07 casos de diarreia e 10,34 casos de dengue. Já na região sul, com 67,7% da população sem coleta de saneamento em 2010 e 51,5% em 2021, os casos de diarreia reduzem para 197,94/ 100 mil habitantes em 2010 e 36,55 em 2021, bem como de esquistossomose - 0,007/ 100 mil habitantes em 2010 e 0,006 em 2021 - e dengue - 8,59/100 mil habitantes em 2010 e 4,01 em 2021. Assim, fica claro que a cobertura adequada de saneamento básico é essencial para a prevenção e controle de doenças tropicais no Brasil, sendo importante que o governo e a sociedade trabalhem para garantir que todas as regiões do país tenham acesso às necessidades básicas de sobrevivência, levando a uma redução significativa na incidência de esquistossomose, diarreia e dengue.

Palavras-chave

Saneamento básico. Macrorregiões do Brasil. Esquistossomose. Diarreia. Dengue.