Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL COM A MORBIMORTALIDADE POR INFECÇÃO MENINGOCÓCICA NA REGIÃO CENTRO-OESTE E BRASIL

Introdução

A meningite é uma inflamação nas meninges e líquido cefalorraquidiano, que resulta em hipertensão intracraniana, isquemia e perda da autorregulação cerebrovascular. A meningite do tipo bacteriana tem maior morbimortalidade e a principal faixa etária acometida é de crianças até cinco anos. A vacina meningocócica C conjugada que protege contra o tipo C está inserida no Calendário Nacional de Vacinação e constitui um importante e eficaz estratégia de saúde pública.

Objetivo (s)

Avaliar e correlacionar o impacto da cobertura vacinal no número de casos e óbitos pela meningite bacteriana na região Centro-Oeste e Brasil.

Material e Métodos

Foram coletados dados sobre Infecção meningocócica (CID10 – A39) no banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS) como cobertura vacinal (CV), número de casos confirmados, número de óbitos, gênero, faixa etária, Brasil (BR), Centro-Oeste (CO) no período entre 2018 e 2022. Além de dados populacionais no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para calcular o coeficiente de prevalência (CP) e índice de letalidade (LE).

Resultados e Conclusão

No período avaliado, o BR registrou uma média de 81,18% de CV, com 60589 casos de infecção meningocócica e 528 óbitos. Na região CO, a CV foi de 84,4%, com 2508 casos e 36 óbitos, sendo Goiás, com 82,09% de CV, o estado com os maiores números de casos diagnosticados (n=841) e óbitos (n=17). Correlacionando a média de casos e óbitos (r=1,0, p<0,001), casos e CP (r=0,835, p=0,039), óbitos e CP (r=0,826, p=0,043) observamos uma forte correlação positiva em todos os cenários. Em CV e casos (r=-0,535), CV e óbitos (r= -0,552) e entre CV e LE (r=-0,581), todos apresentaram uma correlação negativa moderada. A maioria dos óbitos no BR e CO foram do gênero masculino com 53% (n=233) e a faixa etária mais cometida no CO foram de jovens e adultos na faixa de 20 a 49 anos com 57,1% (n=16), maiores que no BR com 36%(n=157) e Goiás com 25% (n=28). Diante desse cenário, podemos concluir que o aumento da cobertura vacinal reduz o número de casos diagnosticados, óbitos e consequentemente a letalidade da doença nos anos seguintes, provavelmente devido a imunidade gerada. Importante ressaltar que, o aumento no número de óbitos em indivíduos que compõe a principal força de trabalho, 20 a 49 anos, pode acarretar sérios prejuízos a economia.

Palavras-chave

Meningites bacterianas; cobertura vacinal; morbidade; mortalidade.

Área

Eixo 11 | Infecções causadas por bactérias

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado

Autores

Amanda Lorena Rodrigues Santos, Anna Eliza Gatto Linhares Camargo, Divânio Junio Vilela Lima, Gabriel Kalapothakis, Ellen Raissa Borghetti Dorigon, Isabella Carolina de Sousa Mendes, Lara de Aquino Nunes, NATHALIA OLIVEIRA CAMPOS, HIDELBERTO MATOS SILVA