Dados do Trabalho

Título

SÍFILIS CONGÊNITA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE FETAL E INFANTIL NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2011 A 2020

Introdução

A mortalidade por SC, por sua vez, pode atingir até 40% das crianças infectadas e, quando ocorre na fase perinatal. Apesar dos esforços governamentais e de organismos internacionais, a SC ainda é um grave problema de saúde pública.

Objetivo (s)

Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade fetal e infantil por sífilis congênita (SC) no Estado da Bahia, no período de 2011 a 2020.

Material e Métodos

Estudo de corte transversal, sobre óbitos por SC em municípios baianos, no período de 2011 a 2020, identificados a partir da vinculação de dados do linkage não-determinístico do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Foi realizada distribuição percentual dos óbitos por SC, das características demográficas desses conceptos, e das características sociodemográficas e obstétricas das respectivas genitoras, segundo o tipo de óbito (fetal e não-fetal).

Resultados e Conclusão

Foram registrados 234 óbitos por sífilis congênita, sendo 113 fetais e 121 não-fetais. A causa básica mais frequente foi a sífilis congênita precoce não especificada (69,9% dos fetais e 55,4% não-fetais). O perfil materno dos óbitos fetais foi caracterizado por mães com idade entre 19 a 29 anos (56,6%), 9 a 12 anos de estudo (43,2%), solteira/separada (70,6%), com menos de seis consultas pré-natal (66,7%). O perfil foi semelhante entre as mães cujos conceptos morreram no período não fetal, porém com percentuais diferentes: 51,1% tinham entre 9 e 12 anos de estudo, 83,0% tinham menos de seis consultas pré-natal. A classificação da CID-10 mais registrada em ambas foi a SC precoce.
O impacto da sífilis congênita na ocorrência do óbito é maior entre gestantes mais jovens, com baixa escolaridade. A utilização do linkage dos bancos do SIM com o SINASC, que possibilitou a completude e o resgate de informaçõese incrementando a qualidade dos dados.

Palavras-chave

Sífilis Congênita, Mortalidade; Fatores Associados