Dados do Trabalho


Título

Análise de detecção de hotspot de óbitos por COVID-19 nas Unidades Federadas do Brasil: uma análise espaço-temporal da mortalidade entre 2020 e 2023.

Introdução

No Brasil, foram confirmados 702.421 óbitos por COVID-19, destes 194.949 ocorreram em 2020, 424.107 em 2021, 74.797 em 2022 e em 2023, até o dia 17 de maio, ocorreram 8.568 óbitos. A alta taxa de mortalidade por COVID-19 destaca a necessidade de uma maior compreensão das causas e da propagação espacial da doença afim de contribuir para a tomada de decisão em diversas escalas territoriais com diferentes condicionantes urbanos e ambientais

Objetivo (s)

Identificar padrões de agrupamentos espaço-temporais de óbitos por COVID-19 nas Unidades da Federação (UF) nos três anos da pandemia contribuindo com o processo de decisão pela gestão.

Material e Métodos

Estudo do tipo ecológico com dados dos óbitos de domínio público do Ministério da Saúde, disponível no Painel Coronavírus Brasil. A Taxa de Mortalidade foi calculada utilizando as projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi realizada análise temporal utilizando a estatística Getis-ord-Gi* que considera dois tipos de aglomerados o hotspot (HT) alto risco uma região que apresenta altos valores significativos e coldpot (CL) baixo risco um território com baixos valores estatisticamente significativos (p<0,05). Foram analisadas as 27 UF e os óbitos de COVID-19 de fevereiro de 2020 a maio de 2023. As análises foram desenvolvidas pelo Geoda v10.1 e QGIS v3.18.3

Resultados e Conclusão

Foram identificados 14 (HL) e 9 (CL) entre 2020 a 2023. Os (HL) foram observados em 7 UF (Sergipe, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), sendo São Paulo e Mato Grosso do Sul com maior quantidade de aglomerados de risco entre 2021 e 2023, e os estados de Sergipe e Rio de Janeiro apresentaram apenas um (HL) em 2020 e 2022. Em contrapartida, foram identificadas 6 UFs (Pará, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) como (CL). Piauí, Maranhão e Pará apresentaram maior quantidade de aglomerados de risco baixo nos três anos, enquanto, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte apenas um aglomerado de baixo risco de 2021 a 2023. O ano de 2021 teve a maior taxa de mortalidade (196,44/100mil habitantes) e a maior quantidade de aglomerados de risco. Conclusão: A partir do uso da metodologia sugere-se uma atenção maior aos estados que apresentaram até um (HL), porém não significa a ausência de risco em outras UF, que também devem ser observadas, visto a importância em saúde pública da COVID-19.

Palavras-chave

Taxa mortalidade; Análise de Risco; Pandemias,COVID-19, Conglomerados Espaço Temporais

Agradecimentos

Ministério da Saúde e CGVDI

Área

Eixo 09 | COVID-19

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado

Autores

Alessandro Igor Silva Lopes, Eucilene Alves Santana , Wandeley Mendes Junior, Narmada Divina Fontenele Garcia, Plinio Tadeu Istilli, Ludmila Macêdo Naud, Elena Carvalho Cremm Prendergast, Hellen Kássia Rezende Silva, Greice Madeleine Ikeda Carmo, Marcelo Yoshito Wada