Dados do Trabalho
Título
Perfil Clínico-Epidemiológico da Hepatite no Brasil entre 2016 a 2020
Introdução
A hepatite é uma doença caracterizada pela inflamação do fígado, podendo essa condição ser aguda ou crônica. Existem diferentes fatores que influenciam no seu desenvolvimento, entre eles estão associados principalmente os vírus da hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV). Além de doenças autoimunes, medicamentos e o consumo excessivo de álcool. Para melhor compreensão da doença é importante considerar a incidência, distribuição e as características dos pacientes afetados.
Objetivo (s)
Realizar um levantamento clínico-epidemiológico dos casos de Hepatite registrados no Brasil, de 2016 a 2020, identificando o perfil clínico e a distribuição por regiões geográficas.
Material e Métodos
Foram coletados os dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), pertencentes ao repositório do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O estudo contou com análise qualitativa, retrospectiva e descritiva dos dados.
Resultados e Conclusão
Entre 2016 a 2020 foram registrados 136.182 casos de hepatite, divididos respectivamente: 10,31% Norte, 10,33% Nordeste, 39,04% Sudeste, 34,14% Sul e 6,19% Centro-Oeste. Observando a distribuição por ano é possível identificar a prevalência de casos na região Sudeste, a qual concentrou o maior número de casos anualmente, ficando somente atrás da região Sul no ano de 2020, apresentando uma média de 10.635 ocorrências, com mínima de 3.931 e máxima de 13.334. O estado com maio número de notificações da região Sudeste foi São Paulo (SP) com 34.561 (65%). O perfil clínico foi classificado em 4 tipos, com a respectiva distribuição, 11,02% Indeterminado, 10,79% Hepatite Aguda, 77,99% Hepatite Crônica/Portador e 0,2% Hepatite Fulminante. 97,07% das notificações estavam associados a etiologia viral, dentre eles destacam-se com 53,86% o HCV, 37,85% o HBV e 3,85% o HAV. Os meios de transmissão mais recorrente foram à via sexual com 15,47%, seguido de usuários de drogas injetáveis com 5,86% e meio transfusional com 4,34%. Diante dos dados expostos, as regiões Sudeste e Sul apresentaram o maior percentual de casos de hepatite durante todo o período analisado, apresentando uma tendência na concentração de notificações. Ademais, destaca-se a importância das estratégias de prevenção e controle, especialmente nas regiões mais afetadas, reforçando a vacinação nos tipos A e B, promovendo a conscientização, a utilização de preservativos, uma boa triagem de doadores e a contenção do compartilhamento de seringas.
Palavras-chave
Hepatite. Epidemiologia. Brasil.
Área
Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Patricia Yuri Nogami, Bárbara Caroline Freitas Garcia, Yasmim Gabrielly De Souza Sousa, Victoria Figueiredo Brito Do Carmo , Amanda Elisa Costa Souza , Agatha Monike Silva Nunes , Matheus Amorim Barreto , Gabriel Oliveira Saldanha , José Igor Silva Mendes , Igor Brasil Costa