Dados do Trabalho


Título

Investigação emergencial de Febre Amarela em Callithrix jacchus no Rio Grande do Norte, 2023

Objetivos(s)

Relatar o processo de investigação emergencial de Febre Amarela silvestre em Callithrix jacchus no estado do RN.

Relato do Caso

De janeiro de 2022 a fevereiro de 2023, o RN enviou para diagnóstico laboratorial de Febre Amarela, respectivamente, 50 e 7 amostras de primatas não humanos (PNH). Em janeiro de 2023, as autoridades de saúde foram notificadas sobre duas amostras de PNH positivas para Febre Amarela. A primeira, no município de Espírito Santo, enviada em 2022, e a segunda, no município de Natal, em 2023. O fato mobilizou a Secretaria de Saúde do Estado do RN (SESAP-RN), Secretarias Municipais de Saúde e Ministério da Saúde. O processo foi dividido em etapas de investigação: 1) de casos humanos (vigilância retrospectiva); 2) de PNH (busca retrospectiva e ativa, com utilização do SINAN e SISS-Geo); 3) entomológica (levantamento da fauna silvestre, captura de vetores urbanos e silvestres); e, ações de: 4) imunização (histórico de distribuição, cobertura vacinal e projeção de cenários); com fechamento de avaliação de risco. Na primeira etapa, foram identificados 30 pacientes com quadro de febre hemorrágica, com 14 amostras descartadas e outras 16 indeterminadas. Foram visitados 206 domicílios próximos a zona de risco em Natal, onde foi realizada coleta de amostra para a FA em entrevistados com sintomas febris anteriores a 10 dias. Para os PNH, o esforço amostral resultou na coleta de 42 amostras, que, apesar dos resultados negativos para a doença, nove amostras foram positivas para a leptospirose. O número de exemplares entomológicos capturados para pesquisa do vírus amarílico foi muito limitado e acondicionado de forma incorreta para uma conclusão, mas há circulação de vetor culicídeo na região. Em relação a imunização, durante o período de investigação, cerca de ≅26 mil habitantes receberam a vacina.

Conclusão

A investigação continua ocorrendo, mas nossos resultados reforçam a importância da vigilância de epizootias no combate à FA. Uma maneira para realizar o acompanhamento dos casos e verificar a incidência das epizootias em PNHs, seria através do SISS-Geo, aplicativo de monitoramento da saúde silvestre que possibilita o rastreamento desses animais em regiões de possível endemia da doença, proporcionando indicar áreas prioritárias de cobertura vacinal.

Área

Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus

Categoria

NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador

Autores

Aurea Estella de Araújo Silva , Ana Paula Bartelli , Raíssa Emanuely Costa Cândido , Cintia de Sousa Higashi, Maiara da Silva Carvalho , Josélio Maria Galvão de Araújo