Dados do Trabalho
Título
Incidência da raiva em morcegos não hematófagos no estado de Mato Grosso do Sul, 2017 a 2022.
Introdução
A raiva é uma antropozoonose, exclusiva dos mamíferos, caracterizada como uma encefalopatia aguda viral de alta letalidade, causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavírus. O vírus da raiva é mantido por cadeias de transmissão denominadas de ciclos, que podem estar ocasionalmente inter-relacionados na natureza. Estes são classificados como urbano, silvestre, aéreo e rural. A raiva vem passando por uma mudança de seu perfil epidemiológico em que a transmissão por morcegos ganha importância em detrimento da transmissão por cães, logo, a vigilância e o monitoramento da raiva em morcegos deve ser intensificada.
Objetivo (s)
O presente estudo objetivou avaliar a incidência do vírus da raiva em morcegos não hematófagos no estado de Mato Grosso do Sul, e a sua distribuição espacial, confirmados por meio das técnicas de imunofluorescência direta (IFD) e prova biológica (PB), que por sua vez são realizadas pelo Laboratório de Diagnóstico de Doenças Animais e Análise de Alimentos – LADDAN/IAGRO/MS.
Material e Métodos
Com base nos dados do laboratório enviados a Secretaria de Estado de Saúde de MS, foi utilizado o método comparativo entre o número de amostras examinadas e o quantitativo de amostras reagentes para raiva, identificando assim os municípios com maior número de casos positivos para determinar o índice anual (nº de positivos / nº total de amostras).
Resultados e Conclusão
No período da investigação foram analisadas 3.175 amostras, desse total 0,79% (25) apresentaram resultado positivo para raiva, em apenas 01 município, o de Campo Grande – MS. Os maiores índices de positividade foram observados nos anos de 2018, 2019 e 2021, com 1,52%, 1,09% e 0,87% respectivamente. Conclui-se que é imprescindível a realização de medidas preventivas e profiláticas para o controle da raiva e que sejam feitas ações educativas no sentido de esclarecer a população do importante papel desempenhado pelos morcegos para o meio ambiente e os riscos que podem oferecer. Além disso, se faz necessário enfatizar a necessidade de vacinação sistemática e anual para cães e gatos, e, ainda, a partir da confirmação de um caso positivo é necessário intensificar as ações de vigilância, como a busca ativa de pessoas agredidas para profilaxia antirrábica, educação em saúde, além da importância quando viável, de coletar e enviar o material biológico para diagnóstico laboratorial no tocante da intensificação do monitoramento da circulação viral da raiva em morcegos, hematófagos ou não.
Palavras-chave
Quirópteros não hematófagos; Raiva; Incidência.
Área
Eixo 10 | Outras infecções causadas por vírus
Categoria
NÃO desejo concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador
Autores
Danielle Ahad Das Neves, Ana Paula Rezende Goldfinger, Bianca Modafari Godoy, Camile Sanches Silva, Crhistinne Cavalheiro Maymone Gonçalvez, Danila Fernanda Rodrigues Frias, Frederico Jorge Pontes de Moraes, Larissa Domingues Castilho de Arruda, Marcello Fraiha, Maurício Simões Correa, Liliane Ferreira da Silva