Dados do Trabalho


Título

Ocorrência do gênero Toxorhynchites, predação e canibalismo em fragmentos de mata Atlântica em João Pessoa-PB.

Introdução

O gênero Toxorhynchites inclui os maiores mosquitos já identificados, os adultos são reconhecidos pelo grande tamanho e pela peculiar probóscide dobrada, o que lhes confere o nome popular de mosquito elefante, são encontrados na maioria das regiões tropicais e também em algumas regiões subtropicais e temperadas do mundo, principalmente em florestas. As larvas grandes apresentam cores que variam entre o rosa, vermelho e roxo, o que as torna de fácil identificação, são predadoras vorazes de outras larvas de dípteros, principalmente mosquitos, podendo também praticar o canibalismo, possuem partes bucais modificadas, compostas por 10 ou menos filamentos espessos achatados utilizados para agarrar as presas sendo úteis em tentativas de controle de culicídeos de importância epidemiológica, como Aedes aegypti, Ae. albopictus e Culex quinquefasciatus. Os adultos não são hematófagos, assim não representam riscos ao homem e tornam-se uma alternativa para o controle biológico de outros vetores.

Objetivo (s)

Avaliar a ocorrência de Toxorhynchites e outros culicídeos em fragmentos da mata atlântica situada na Universidade Federal da Paraíba.

Material e Métodos

Para a realização da pesquisa foi feita a distribuição de 18 ovitrampas aos arredores do Campus I da UFPB em pontos estratégicos próximos a vegetação nativa, onde foi realizada a coleta semanal dos ovos e larvas encontrados nas ovitrampas para identificação no laboratório, onde foi observado a presença de larvas de Toxorhynchites as quais foram colocadas em insetários para análise do seu desenvolvimento.

Resultados e Conclusão

Após a coleta foi identificado exemplares da espécie Toxorhynchites em dois pontos de ovitrampas, nos quais foram encontradas duas larvas em cada recipiente, isso pode ser explicado devido ao comportamento da fêmea de ovipor em locais distintos para evitar o canibalismo entre as larvas. Das larvas mantidas no laboratório foi observado que as mesmas se alimentam de 5 a 8 larvas Ae. aegypti por dia, também foi observado que as larvas se desenvolvem rápido nos primeiros instares de vida, em média 5 dias, chegando a ficar até 18 dias em fase larval e 3 dias em fase de pupa até emergir o mosquito adulto. A espécie Toxorhynchites está presente em fragmentos da mata atlântica na região de João Pessoa - PB, são necessários novos estudos para observar o seu potencial de controle biológico contra o vetor Aedes aegypti.

Palavras-chave

Mosquito elefante, Controle biológico, Aedes aegypti.

Área

Eixo 04 | Entomologia / Controle de Vetores

Categoria

Concorrer ao Prêmio Jovem Pesquisador - Graduado

Autores

Mohanna Alves da Silva Nery, Wanessa Christini Costa Dantas, Renan Tavares Leite, Esther Correia dos Santos Nascimento, Joanna Diângelis Souza Santos, João Paulo Carvalho de Lima, Fabíola da Cruz Nunes