Dados do Trabalho

Título

Positividade de imóveis em interciclos com formas imaturas do Aedes aegypti a partir das ovitrampas

Objetivo (s)

Caracterizar a positividade de imóveis com Aedes aegypti quanto ao uso das ovitrampas no intervalo de dois ciclos de inspeção predial.

Material e Métodos

Estudo longitudinal, realizado no bairro Granja Portugal, Fortaleza, Ceará composto por 3.811 imóveis. Foi realizada uma inspeção predial em setembro de 2018 e selecionados imóveis com e sem focos, em que foram instaladas ovitrampas em dezembro. Foram colocadas, em 25 domicílios intra e peridomiciliar, distribuídos em 11 quarteirões, totalizando 50 armadilhas. De fevereiro a maio de 2019 realizou-se nova inspeção predial. Foi comparada a positividade de ovitrampas e identificado os imóveis com presença de ovos ou larvas de Aedes aegypti num buffer de 100m realizada através do Qgis® 3.28.0.

Resultados e Conclusão

Foram identificados 16 imóveis com ovitrampas positivas, intra e peri (10), peri (5) e intra (1). Nos quarteirões, havia ambas armadilhas positiva (04), apenas intra ou peri (7) ou ambas negativa (2). Considerando as ovitrampas positivas, 10 haviam focos no raio, incluindo outros 17 imóveis com larvas ou pupas de Aedes aegypti, nos recipientes balde (7), sanitário (2), tambor (2), tanque, bebedouro de animais, caixa de água, calha, pneu, tanque ou sucata de plástico. Os quarteirões com ovitrampas negativas (09) tiveram Aedes aegypti no raio, totalizando 10 focos. Os recipientes detectados foram balde, pneu e tambor (01) e demais em balde (5), sucata (2), pneu ou sanitário. Conclusão: O estrato analisado tem uma alta positividade para Aedes aegypti em suas diversas formas imaturas e a presença de ovitrampas positivas foi um indicador importante para identificação de possíveis locais com presença de mosquitos nos interciclos. No entanto, mesmo os imóveis com ovitrampas negativas apresentaram focos de Aedes na inspeção predial do ciclo seguinte, no raio de 100m, sugerindo que seja reavaliado o alcance de disseminação dos mosquitos nestas áreas com melhor distribuição das ovitrampas, readequado os prazos de análise dos interciclos com o uso dessa ferramenta e que sejam testadas outras formas de monitoramento de focos que permitam identificar de forma mais precisa a distribuição do vetor na região durante os interciclos. Assim, é fundamental diversificar as estratégias de monitoramento e implementar ações de controle para reduzir a infestação de Aedes Aedes aegypti.

Palavras-chave

Aedes. Entomologia. Culicidae.

Agradecimentos

IRDC e CAPES